sábado, 30 de junho de 2012

Qual o sentido da vida?



Qual o sentido da vida? Essa pergunta é tão antiga quanto a existência humana.

A morte é o limite da vida. Embora pareça redundância, a percepção dessa verdade muda para sempre a nossa vida. Esse tem sido um dos principais temas das filosofias existencialistas.

A vida é ambígua. Abraão morreu já velho e farto de dias, Saul tomou a sua espada e lançou-se sobre ela. Seu filho Jônatas, o fiel amigo de Davi, foi morto no auge da juventude. Judas o traidor enforcou-se. Enoque foi arrebatado por Deus e não foi mais visto.

Avalanches soterram crianças que há pouco ainda sorriam e brincavam. Avalanches não podem ser chamadas à responsabilidades, tal como soldados que abatem crianças, mulheres e velhos. O que é a morte, já que, por um lado, podemos ser responsabilizados por ela e, por outro lado, somente podemos defrontarmo-nos com ela na total ausência de relação de impotência e perplexidade...?

Eberhard Jungel, escrevendo sobre a questão da finitude humana, diz que o neurótico não pode realizar o seu eu e, nessa incapacidade de realizar-se contrai uma enfermidade fatal. Pessoas aposentadas que permitem que se lhes roube a relação ativa do futuro estão ameaçadas pela assim chamada morte por aposentadoria. neste caso, a morte já seria o princípio do fim do futuro de uma vida temporal?

Simeão, já velho, tendo visto o recém-nascido Jesus no Templo, louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação” (Lc 2.28). O fato é que diante de uma vida bem vivida, a morte parece perder o seu terror. Por isso, vivamos uma vida para Deus.

Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem.
Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal. 
Eclesiastes 12.13-14

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