Em 1940, ano em
que o quesito religião começou a fazer parte do censo do IBGE, mais de 95% das
pessoas se declaravam católicas; nos anos 70, esse número já havia baixado para
90% e em 1991 a porcentagem chegou a 83%, em 2010 o percentual estava em 64,6%
da população. No entanto, a quantidade de evangélicos, que envolve diferentes
congregações, como a Assembleia de Deus, com mais de doze milhões de fiéis,
cresceu de pouco mais de 2%, em 1940, para mais de 22,2%, segundo o censo de
2010. Há projeções que em 20 anos mais da metade da população seja
evangélica. Nesse caso a Assembleia de Deus ultrapassa 30% do total de
evangélicos do Brasil.
Outro dado interessante que
fica claro no censo, que as projeções já demonstravam, é que igrejas que estão
na mídia podem ter mais projeção e exposição televisiva, porém não possuem
presença real e física na totalidade do território nacional. Nesse caso, por
exemplo, a Igreja Universal diminuiu a sua membresia em mais de 300.000 pessoas
em relação ao censo do ano 2000, ficando com um total de 1,9 milhão de membros.
Sendo que é a primeira vez que é registrada uma diminuição relacionada de uma
igreja que não seja fruto de imigração (como por exemplo, os luteranos que
historicamente no Brasil estão associados a imigração alemã). Contribuindo ainda
para esse fenômeno o surgimento de novas igrejas na mesma linha de trabalho da
Universal. Como diz o sociólogo Ricardo Mariano, “esse fenômeno contribui para
a privatização da fé em relação a essas igrejas, onde não há um compromisso
específico com a organização em si”. Nesse caso há o interesse pessoal, por
exemplo, na “bênção”, levando o fiel a migrar para onde mais lhe interessa.
Criando o fenômeno da igreja flutuante.
É necessário citar a questão
da mídia em relação às igrejas. Há uma linha na missiologia que defende a
importância das mídias para a evangelização, como rádios, televisão, internet,
entre outros. Obviamente concordo com isso. Contudo, implantação de igreja está
identificada com relacionamento pessoal, como contato direto. As mídias somam no processo de evangelização, mas
não são determinantes, e o crescimento contínuo da Igreja Assembleia de Deus,
que está intrinsecamente ligada à sua constante evangelização e a prática de
implantação de igreja, é um prova disso.
Se a média nacional é de
22,2% da população evangélica, na Paraíba é de 15,1%. A SEMAD-PB possui uma
parceria com a Sepal para realizar uma pesquisa no estado e cruzá-los com os
dados obtidos do censo. Pessoalmente penso que quando concluirmos esse
levantamento, o resultado nos surpreenderá.
Nós, paraibanos, ainda temos
muita terra a conquistar, mas é inegável o avanço. No censo passado havia
dezenas de municípios com menos de 1% de evangélicos em nosso estado. Graças a
Deus essa realidade não existe mais! As análises preliminares demonstram que
menos de 20 municípios dos 223 possuem menos de 5% de evangélicos (ainda
estamos fazendo uma análise mais profunda nos dados do censo e posteriormente
daremos dados mais precisos). Obviamente esse crescimento é fruto de trabalhos
de várias igrejas, mas nós, que fazemos parte da Assembleia de Deus e que
estamos presente em todos os municípios do estado, temos sido incansáveis em
projetos de evangelizações em pequenas cidades, distribuição de literaturas
(somente a SEMAD, nos últimos 7 anos confeccionou e distribuiu mais de 1 milhão
de literaturas evangelísticas), obreiros de nossa igreja implantaram centenas
de igrejas em regiões consideradas não alcançadas nos últimos 10 anos. Somente
a igreja da capital, após a presidência do Pr. José Carlos de Lima, implantou
mais de 60 igrejas nesses 10 anos!
Vamos seguir em frente.
Sabemos que Deus tem interesse nesse projeto e é Ele que dará as estratégias e
o crescimento. Junte-se a nós, ainda há muita terra a ser conquistada.
Pr. Eduardo Leandro Alves
Sec. Exec. de Missões da
SEMAD-PB
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