sábado, 7 de outubro de 2017

Gente que incomoda!


Em relação ao artigo na Revista Veja sob o título: "Povo que incomoda", faço uma pequena reflexão.

Ao meu ver é claro que o autor se utiliza de um texto retórico e recheado de ironia, e, alguns (inclusive líderes evangélicos) escrevem buscando minimizar o fato, argumentam que a maioria dos leitores não compreendeu o raciocínio, pois na verdade o autor está criticando "a hipocrisia da elite que prega a diversidade mas não as aceita em relação aos evangélicos". A minha opinião é que, embora o texto seja retórico, o autor "peca" pelas generalizações e, em linhas gerais, toda a generalização é burra.
Teologicamente não me sinto ofendido por não ser compreendido "pelas elites" ou por ouvir (e perceber) a imposição da "ditadura dos tolerantes", ou seja, a tolerância para eles é uma via de mão única (só na direção que eles querem). Não me aborreço e nem me espanto, pois JESUS disse que o sistema não nos amaria, pois também não o amaram. Jesus sempre soube que seríamos um espinho na garganta do sistema e que a Igreja deveria ser sempre diferente do sistema, pois caso se torne igual (ao sistema) terá o mesmo destino do sal que não salga, não prestará para nada.
Agora, realmente, a instituição Igreja (a organização) deve fazer sempre a autocrítica, para que seus discursos não sejam hipócritas com vistas a esconder seus problemas institucionais, problemas relacionados a natureza pecaminosa da humanidade. Por isso, e sempre, devemos estar diante das Escrituras para que por ela (como Palavra de Deus) sejamos moldados e aperfeiçoados pela Ação graciosa de Deus, com isso nossa ética/moral sempre destoará do sistema vigente, pois nos comportamos no dia a dia com vistas ao nosso fim último, a Eternidade.
Criticamos, com razão, a exposição de crianças a nudez, mas são poucas vozes que se levantam contra, por exemplo, o papel que se prestou determinada liderança no Congresso nas jogadas da CCJ. A corrupção rouba os direitos das crianças e a Bíblia condena com a mesma veemência os que tais coisas praticam.
Que continuemos a incomodar, mas sempre tendo em mente que somos bem aventurados quando formos "perseguidos pelo amor do Seu nome". Deus tenha misericórdia de nós!
Pr Eduardo Leandro Alves