sábado, 29 de novembro de 2008

O Paradoxo da Pregação


Estava ouvindo o rádio esses dias e ouvi um hino que dizia; “Ainda bem, eu vou morar no céu!”. Fiquei ouvindo esse hino e percebi que ele cantava que esse mundo é muito difícil de se viver, mentiras, enganos, roubo, gente ruim, etc... Mas, o que consolava ele, era saber que ele sairia daqui e iria morar no céu!!
Parei para pensar nisso e me lembrei o que Paulo disse: “Se esperarmos Jesus somente nesta vida, somos os mais miseráveis dos homens”. Analisei que segundo a linha teológica que sigo, eu acredito que a tendência do mundo é ir de mal a pior. Ou seja, não melhorará. Ao mesmo tempo, percebi que eu também acredito que o evangelho de Jesus, que eu prego e ensino, transforma o homem todo. Salva a sua alma e muda a sua vida enquanto pessoa, cidadão, pai de família, amigo, etc. Acredito que o evangelho muda a vida do ser humano por completo e, que, por conseguinte, muda o ambiente no qual ela está inserido.
Percebi que isso é um paradoxo. Se eu acredito que o mundo vai piorar, como eu posso pregar que as coisas vão ficar melhores se o homem crer que Jesus é o filho de Deus e entregar a sua vida a Ele? Pude então perceber que na verdade, o evangelho muda o homem, o homem transformado muda o seu ambiente (não o mundo), porque se não for assim, esse mundo ficaria impossível de se viver! Se a igreja não anunciar a salvação, se as pessoas não tiverem a sua vida transformada, a luz diminuirá até se apagar e o que sobrará serão apenas trevas e escuridão. Ou seja, de todas as formas que você olhar, a pregação do evangelho é necessária.
Mas AINDA BEM, EU VOU MORAR NO CÉU!!!!
Eduardo Leandro Alves

sábado, 1 de novembro de 2008

Quem é Jabes?


E foi Jabes mais ilustre que seus irmãos (I Cr 4.9).

Estamos há poucos dias das comemorações de Ano Novo. Isso me faz lembrar o que li de Albert Lee sobre a celebração chinesa de Ano Novo. Na China as celebrações de Ano Novo são bem divertidas. Quando os parentes e amigos se reúnem, é costume que os adultos lhes dêem pequenos envelopes vermelhos, contendo pequenas quantias de dinheiro. As crianças, muitas vezes, rasgam os seus envelopes para obter o dinheiro, e os seus pais têm que lembrá-los que o doador é mais importante que o presente.
Essa história é muito importante quando estamos olhando para a oração de Jabes.

Quando estudamos essa oração é importante lembrar que o Doador, o Senhor, é mais importante do que o presente. Quando focamos somente a oração de Jabes, podemos, facilmente, incorrer no erro de fazer dela uma fórmula para conseguir de Deus o que queremos – é bem verdade que alguns a tem por fórmula.

Não sabemos muito a respeito de Jabes, a não ser que sua mãe lhe deu um nome que, em hebraico, significa “angústia” ou “ dores”. Também nos é dito, através da Bíblia, que quando ele cresceu “foi mais ilustres que seus irmãos”.

O que fez Jabes ser “mais ilustre”? Segundo a sua oração podemos deduzir que ele levou o seu relacionamento com Deus a sério. Esse foi o segredo de Jabes. Não há, e nem houve, nenhuma fórmula mágica na oração de Jabes. Antes, ele sabia que Deus é o doador de todas as coisas. Creio que Jabes foi respeitado porque ele honrou ao Senhor.

Com isso, quero dizer que a nossa oração deve ser a de termos um caráter como o de Jabes, que viveu para agradar a Deus. Não podemos fazer de nossas orações palavras mágicas como: “abra-cadabra” ou “abre-te-césamo”. Às vezes é isso que fazemos com nossas orações: tentamos coloca-las da melhor forma possível para conseguirmos os nossos objetivos. Porém, como disse Albert Lee, “o propósito da oração não é o de conseguir o que queremos, mas de nos tornarmos no que Deus quer”.

Que assim seja em nossas vidas.

Eduardo Leandro Alves

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A FORMA DE RESPONDER AOS CRÍTICOS



Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? (Ne 6.3)

Esse texto é muito interessante. Nele temos princípios excelentes para orientar a nossa vida. Um deles é nos mostrar como devemos nos portar diante das dificuldades e dos maus críticos que surgem no nosso dia-a-dia.

Esse texto de Neemias relaciona-se com a reconstrução dos muros de Jerusalém após o cativeiro babilônico. A árdua tarefa foi realizada em impressionantes 52 dias, com mulheres trabalhando lado a lado com os homens (cf. Ne 3.15 e 6.12.).
Devemos ter em mente que Daniel havia profetizado que os muros seriam reconstruídos "em tempos angustiosos" (Dn 9.25). Certamente, Neemias conhecia essa profecia. Por isso, talvez não se tenha impressionado muito quando alguns críticos chegaram e tentaram impedir o trabalho. Neemias disse que Sambalate, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio, haviam-no desprezado e zombado dele (Ne 2.19). Certo dia, um dos críticos foi examinar o muro e ridicularizou-o: "Vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra" (Ne 4.3). Mesmo com essa enxurrada de críticas Neemias recusou-se a interromper a obra que Deus lhe havia confiado e a discutir com seus críticos. Com certeza essa é uma boa forma de responder aos críticos.

Certa vez, alguém perguntou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso porque ele não havia respondido a uma crítica leviana feita a seu respeito. Ele respondeu: “Quem me conhece sabe que é mentira. Quem fez essa crítica está criticando um personagem criado por ele mesmo. Se eu responder, dou vida a esse personagem criado”.
Dizem que quando o engenheiro George Washington Goethals estava construindo o Canal do Panamá, enfrentou problemas de topografia e de doenças tropicais que teriam intimidado um homem de menos fibra. Mas o pior problema foi ter que suportar comentários irônicos de críticos amargos de seu próprio país. Estes tinham certeza de que ele fracassaria. Afinal de contas, não havia o Visconde de Lesseps, famoso construtor do Canal de Suez que liga o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho, falido e desistido de construir o Canal do Panamá? Mas Goethals ignorou esses críticos de plantão.

Certo dia, um de seus subordinados perguntou-lhe com uma certa angústia:

- O senhor não vai dar uma resposta a esses críticos?
- Sim, oportunamente.
- Mas quando e como?
- Com o canal pronto.
Que bela resposta!

Muitos podem estar nos criticando, mas, assim como Neemias tinha conhecimento da profecia de Daniel, nós temos o conhecimento e certeza da obra que Deus nos confiou. Portanto, se você tem certeza que Deus lhe confiou uma grande obra, não pare, não sucumba ante as críticas ferozes dos inimigos. Não dê vida aos personagens criados por outros. Deixe que Deus fale por você. Deixe que as obras que Deus lhe confiou respondam aos Sambalate e Tobias da pós-modernidade.

Soli Cristus!

Eduardo Leandro Alves