quinta-feira, 29 de março de 2012

JESUS A ÁGUA DA VIDA



E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. (João 7.37-38)

A Festa dos Tabernáculos era a maior e mais sagrada festa para os judeus. Um acontecimento popular alegre, com música, canto e dança. Durava sete dias e celebrava a saída do povo do Egito e sua peregrinação no deserto, onde a água era escassa. A festa ocorria depois da colheita. Devido a isso, com o passar dos anos, acrescentou-se a celebração pela colheita ao significado da festa. Embora não fossem mais peregrinos e tinham água para as plantações, não a tinham em abundância. Os tabernáculos ou pequenas choupanas que construíam para a festa ao redor do Templo representavam as tendas em que viveram durante a peregrinação no deserto, bem como o local onde o povo celebrava a colheita depois do trabalho, antes de existir o Templo. Mesmo na terra de Canaã havia tempos de seca; assim, a água sempre teve um significado vital para a sobrevivência de Israel.

Na Festa havia um ritual em torno da água. Era um ritual de agradecimento pela água e, ao mesmo tempo, um pedido por chuvas abundantes para garantir a vida. Ambos, possivelmente, equivaliam ao pedido pela salvação. Eles não conheciam uma fonte de água que jorrasse sem parar, sem deixá-los em situação precária frente à perda da colheita e à falta de água no geral. Ou seja, toda a cerimônia lembrava os tempos difíceis de escassez de água, as secas, as plantações destruídas e, consequentemente, a fome. A festa celebrava experiências antigas permeadas de tradição religiosa, lembrando a forma que Deus abençoava o seu povo.

Nos dias da Festa a cada manhã, os sacerdotes buscavam água na fonte de Siloé, num recipiente de ouro, e com a multidão levavam ao altar, derramando-a em duas bacias de ouro. Isso também acontecia no ápice da festa de uma forma mais grandiosa, no último dia. Para eles, a água simbolizava a abundância nos tempos escatológicos.

Neste exato momento, no dia mais importante, no ritual mais importante, Jesus se coloca de pé e diz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, do seu interior fluirão rios de água viva”. Você pode imaginar o impacto que causou as palavras de Jesus? Como se atreve? Tirar a abundância de água do momento escatológico e dizer que, já agora, nele há como saciar a sede? No dia mais importante da festa ele aparece, sai do anonimato, expondo-se à raiva dos que o observam e querem eliminá-lo.

Ele afirma que nem o ritual da água, tampouco o vinho ali bebido matam a sede. Só Ele é quem substitui essa água, e ela está disponível para quem crer nele e em sua proposta. Que não é apenas lá no futuro, mas agora, se crerem haverá abundância.

Jesus, ao se utilizar da água como comparativo ao seu ministério e vida, está dizendo que assim como a água é fundamental para a sobrevivência, muito mais, para que aja vida, Ele é fundamental para que a humanidade possua vida. A vida que Jesus oferece, não é uma coisa qualquer, é vida abundante, é transformadora. Quem beber desta água nunca mais terá sede, como Ele explicaria depois a mulher samaritana. Ou seja, suas necessidades são saciadas, tanto físicas e materiais quanto espirituais. Aqui cabe uma palavra, podemos não ter tudo o que queremos, mas temos tudo o que precisamos.

O “beber” da Água viva (Jesus) gera em nós uma nova vida, novas perspectivas. Trás de volta a comunhão perdida no Éden pelo ato de desobediência do homem. Jesus proporciona relacionamento direto com o Pai, o que os rituais da Festa, muito bonitos, mas por si só não produziam transformação. Aliás, o Deus da Bíblia, o nosso Deus, é o único que é pessoal. Em nenhuma literatura religiosa de nenhuma religião do mundo você encontrará um Deus pessoal e relacional.

O milagre da saciedade da sede da alma gera comunhão com o Pai e faz surgir uma fonte que jorra para a vida eterna, produz mudança comportamental. Aqui está a questão: ao mesmo tempo em que esta Água é espiritual nos dando condições de nos relacionarmos com o Pai, gerando em nós consciência espiritual, também consciência social.

Ao iniciar esse texto disse que Jesus relacionou muitas questões de seu ministério e vida com a criação. Não é panteísmo (Deus é todas as coisas) nem pananteísmo (ele não é, mas está em todas as coisas), mas o fato é que Deus criou todas as coisas e disse que eram boas e colocou o homem para cuidar da Sua boa criação, mas o pecado da desobediência gerou no homem não a capacidade de cuidar, mas de destruir a criação de Deus. Por isso Paulo diz que “toda a criação geme e chora aguardando o dia da sua libertação” (Rm 8.22).

Como novas criaturas, como filhos amados de Deus restaurados pela fé, temos a obrigação de cumprir o mandato cultural de cuidar da boa criação de Deus (Gn 2.15), e isso inclui a água, sem a qual não há vida nesse planeta. Como cristãos, resgatados e cooperadores de Deus, não podemos ser causadores da destruição da boa criação de Deus. Como podemos poluir os rios, mares, nascentes? Você consegue imaginar Jesus andando entre nós e destruindo a sua própria criação? Se ele se comparou a água, com certeza é porque essa água é boa.

Escrevo esse artigo, para lhe falar da Salvação e das responsabilidades associadas a ela, Salvação esta que será concretizada de forma plena no arrebatamento da Igreja, que gera em nós uma consciência espiritual, mas que não pode amortecer a nossa consciência social, nos deixando presos a rituais, como foi o caso dos judeus em relação a Festa dos Tabernáculos, onde a salvação escatológica é representada pelo ritual. Vivemos neste planeta, esperando sim a completa libertação, onde o que é “mortal será absorvido pela vida” (2Co 5.1-8), enquanto este dia não chegar você é responsável por cuidar da Boa Criação de Deus (Jr 29.7).

domingo, 18 de março de 2012

UMA VIDA DE BÊNÇÃO



Feliz aquele que teme a Deus, o SENHOR, e vive de acordo com a sua vontade! Salmo 128.1

A bênção da vida cristã está em perceber que é “mais abençoado dar do que receber”. Ao se aprender a dar e a compartilhar, a vitalidade aumenta e as pessoas ao nosso redor se tornam “vinhas frutíferas” e “ramos de oliveira” em volta de nossas mesas, como nos ensina o salmo 128.

Assim, as bênçãos que são prometidas, concedidas e experimentadas pelos cristãos, não excluem, obviamente, as dificuldades. A Bíblia nunca negou a realidade das lutas da vida diária. As dificuldades, no entanto, não são inerentes a fé, elas vêm de fora em forma de tentações, seduções, pressões. Como nos diz Eugene Peterson, “não se passa um único dia sequer sem que tenhamos que encarar a antiga e tripla ameaça que os cristãos da Idade Média resumiram como sendo o mundo, a carne e o diabo: o mundo – a sociedade da humanidade orgulhosa e arrogante que desafia e tenta eliminar o domínio e a presença de Deus na história; a carne – a corrupção que o pecado introduziu em nossos apetites e instintos; e o diabo – a vontade maligna que nos seduze nos tenta a mantermos a distancia da vontade de Deus”. Temos de lutar contra tudo isso, pois estamos em batalha. Há uma luta de fé a ser travada todos os dias.

No entanto o caminho da fé está harmonizado com o que Deus tem feito e está fazendo. A estrada na qual estamos viajando é a velha estrada do discipulado cristão. Isso quer dizer que não é um caminho do tédio, do desespero ou da confusão (seja ela de qual ordem for). Não é um caminho de busca miserável, mas um caminho de bênção.

Dentro dessa perspectiva deve-se acreditar que não há truques envolvidos no compromisso com essa vida de bênçãos, e a sorte não é exigida. Não é um caminho para “mandrakes”. Nós simplesmente nos tornamos cristãos e começamos a vida de fé. Reconhecemos Deus como nosso criador e nosso amante, e aceitamos a Cristo como o meio pelo qual podemos manter um relacionamento vivo com Deus. Aceitamos a verdade anunciada e proclamada que Deus está no centro de nossa existência, descobrimos, então, como ele construiu esse mundo (a sua criação), como ele tem suprido a nossa redenção e prosseguido nesse caminho. Nas simples, porém maravilhosas palavras do salmo 128: “Bendito é aquele que teme ao Senhor, que anda em seus caminhos”!

quinta-feira, 15 de março de 2012

UM PROBLEMA DE GANÂNCIA



Salmo 128.2: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”.

João Calvino, certa vez pregando aos membros da igreja sob sua responsabilidade em Genebra, Suiça, ressaltou aos seus ouvintes que deveriam desenvolver melhor e mais profundamente conceitos de felicidade em relação àqueles sustentados pelo mundo, que fazem com que uma vida feliz consista de tranquilidade, honras e grande riqueza.

Penso que o Salmo 128 nos ajuda a fazer isso. Uma simples análise sobre o mundo atual demonstra que grande parte da felicidade de alguns depende da miséria de outros que sustentam as riquezas de pessoas gananciosas. Para melhorar o padrão de vida, alguém tem que piorar o seu. É interessante ver o “arroxo” que estão impondo a Grécia agora (não que eles não tenham gastado demais) com cortes de salários, corte de pensões, demissões, entre outros. Mas enquanto a ganância dos gregos comprava os carros Mercedes da Alemanha, ou as roupas de grifes italianas, ou custeavam viagens à França e podiam comprar seus champanhes caríssimos, estava tudo bem (e com isso ajudavam a financiar a própria ganância alheia). Era óbvio que um dia a conta iria estourar. Mas a ganância falava mais alto.

Pouco tempo atrás foi produzido um filme que vale a pena ser visto “Wall Street: o dinheiro nunca dorme”. Em um dos momentos do filme o personagem de Michael Douglas diz: “sempre haverá crises econômicas, pois as bolhas financeiras são parte do sistema, que é fruto direto da ganância do ser humano”.

A crise mundial de fome que enfrentamos hoje é resultado direto do método de perseguir a felicidade que se adota. Nações industrializadas querem um padrão de vida cada vez mais alto, enquanto um crescente número de pessoas passa fome. Não há necessidade que seja assim. Especialistas em problema de fome mundial afirmam que há condição de produzir comida para todos. Não há problema de produção, mas de ganância, e aí entra a questão da corrupção que desvia recursos na infraestrutura, na distribuição, entre outros.

O que adianta, por exemplo, um indivíduo possuir uma Ferrari em uma cidade onde não há ruas boas o suficiente para que ele ande com ela? O que adianta morar em uma cobertura de milhões de reais se em volta há uma multidão de miseráveis, se há insegurança? Temos um problema de ganância: “Se eu não conseguir o meu enquanto posso, talvez eu não seja feliz.

As palavras de Jesus não combinam com ganancia. A felicidade segundo Jesus está em buscar as coisas de Deus. Não há uma condenação em possuir bens materiais, mas esses bens não podem nos possuir, nem nos tornar gananciosos e insensíveis ao que ocorre a nossa volta. Sobre a felicidade... vamos escrever mais sobre isso...


sexta-feira, 2 de março de 2012

PARA ONDE VAI A SOCIEDADE?


Além de toda a mudança que ocorre mundo afora, obviamente nosso Brasil não está alheio a essas mudanças. É perceptível que há uma mudança grande em curso no Brasil. Percebemos que há também uma maior concorrência. E não apenas nos grandes centros, mas há recursos, oportunidades, coisas acontecendo por todo o país. Isso também é uma novidade. O progresso e a sensação de maior prosperidade estão se espalhando. Obviamente não se pode exagerar, achando que somos uma Suíça. Existe muita pobreza e muita desigualdade social. Mas, como bem identificou o sociólogo Fernando Henrique Cardoso: “a centralidade do tema da pobreza está mudando [...] qual o tema que nos apaixonava no passado? O subdesenvolvimento. Não se falava em desenvolvimento. Somos subdesenvolvidos. [...] subdesenvolvimento, pobreza, miséria. Teatro do Oprimido, estética da fome, etc.”[1] Esse problema, obviamente não foi resolvido, mas é possível dizer hoje que houve avanços no enfrentamento da pobreza. As projeções indicam que o Estado e a sociedade estão mais conscientes do seu papel, embora, repito, ainda há muita coisa a se fazer. Mas para onde se vai?
Faço essa interrogação em relação à sociedade. Ao contrário de antes, a questão da sociedade é mais desafiadora do que a questão do mercado. Isso é uma mudança muito significativa que precisa ser levada em consideração. Nos anos de 1950, 1960 dizia-se que éramos subdesenvolvidos, em alguns círculos dizia-se que para haver desenvolvimento precisava-se de uma nova ordem econômica e social, ou seja, socialismo. Era como se não pudesse haver desenvolvimento sem socialismo. Nas décadas seguintes começou-se a perceber que em vários lugares do mundo estava havendo algum progresso sem socialismo (inclusive no Brasil), logo depois, em 1989 aconteceu a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética.
O fato é que os tempos mudaram. Embora a discussão sobre o crescimento da economia tenha o seu lugar, as grandes interrogações hoje dizem respeito a sociedade. Como as pessoas se relacionarão, com responderão ao imenso fluxo de novidades que se apresentam diariamente diante delas? O que é que está acontecendo?
Os dados econômicos demonstram o surgimento no Brasil de uma nova classe média, com novas ideias, novas perspectivas, diferente da tradicional classe média das décadas passadas. O novo não está apenas no mercado financeiro, mas também no crescente mercado de comunicação, circuitos de moda, entretenimento, turismo, na inovação, na sustentabilidade. Coisas que não existiam antes.
Milionários e bilionários aparecem e não estão diretamente ligados a produção advinda da terra (agricultura) ou da indústria de transformação. Mas são criadores de sites, programadores de jogos, donos de empresas de comunicação, entre outras.
Essas dinâmicas apresentam novos padrões de geração de riqueza, assim como novos padrões de liderança. Novos padrões também como a filantropia que hoje é um fenômeno global. O fato é que nós, hoje, não estamos repetindo um padrão dos meus pais, dos meus avós. Estamos gerando algo novo, mesmo que não estejamos entendendo muito bem, mas algo novo está acontecendo.
Mas, afinal, o que é o novo? “É o fato que a despeito da existência de estruturas, de uma ordem estabelecida, as pessoas estão cada vez mais se conectando por sua própria iniciativa, independente das estruturas preestabelecidas. As pessoas vão para a internet, entram no facebook e têm amigos. Não é preciso perguntar se esses amigos são pobres ou ricos, qual sua origem familiar, qual seu nível de escolaridade. Nada disso tem a importância que tinha antes. Vivemos em uma sociedade que o importante é compartilhar.”[2]
No passado o compartilhamento se dava por meio de estruturas organizadas, pertencimentos. Cada um tinha sido de tal colégio, tinha o seu partido, o seu sindicato. Hoje as associações continuam a existir, mas é possível para qualquer um saltar tudo isso. No passado podia se definir a ideia de comunidade como “viver junto a mesma experiência, juntos no mesmo momento. Encontrar o outro face a face. Não era preciso o contrato. O contrato era a sociedade. Hoje as coisas mudaram. As experiências  são compartilhadas a distancia.
Esse processo é muito forte, afetando empresas, governos, igrejas e outras associações. A sociedade está se conectando de outra forma, e isso afeta a forma de organização social. A sociedade de hoje, a chamada geração “Y”, já discute abertamente e espontaneamente suas questões pela internet. Se o indivíduo vai a um médico e não gosta do atendimento, coloca uma crítica sobre o atendimento na sua página na internet, por exemplo. Ou se compra uma mercadoria e não gosta, não diz apenas para o vizinho ou ao círculo de amigos mais próximos, faz-se uma crítica em uma rede social e isso pode ser mortal para a empresa.
Sendo nosso objetivo comunicar a Fé em Jesus nessa sociedade, deve-se entender essa capacidade que as pessoas têm de se conectar e se desconectar. Elas se ligam e se desligam, pois a participação é variável e a mobilização se dá a cada momento, em relação a um determinado tema.  “O interesse e a vontade de agir são suscitados pela questão em debate. Cada questão sensibiliza determinadas pessoas, e não outras.”
Obviamente isso levanta imensos desafios. Há que conviver com a pluralidade de opiniões, com a multidimensionalidade dos temas, com ritmos e tempos de debate que oscilam com comunidades de interesse e de afinidade que se fazem e se desfazem. Então a pergunta é como lidar com essa fluidez, e ao mesmo tempo gerar pontos de referência, valores, caminhos que representam algo mais do que uma discussão de pontos que não se interligam e não podem ser aplicados a realidade.
Uma vez que no pensamento atual as pessoas passam a considerar todos os textos como essencialmente totalizantes, ou a considerar que todas as religiões possuem o mesmo fundamento epistemológico, ou a pensar que todos os enunciados religiosos são em princípio não impositivos, exceto para aqueles que optam por seguir uma tradição específica, torna-se menos evidente por que alguém deva considerar sagrada a Bíblia, por exemplo, menos ainda lê-la, a menos que essa pessoa também esteja lendo muitos outros textos religiosos e atribuindo a todos eles a mesma autoridade.[3]
Nosso desafio, então, é manter a Fé em Jesus como o salvador, demonstrando que ele possui as respostas certas para todas as questões da alma humana, seja no passado, presente, ou futuro.
É necessário também nos acostumar “com a ideia de que caminhos que hoje parecem os mais adequados podem valer por um certo tempo, não mais do que isso. No dia a dia essa fugacidade é muito complicada. Não para as pessoas que já estão operando nessa nova dinâmica. Menos ainda para as novas gerações, que já nasceram nesse mundo  fluido e volátil. Para as gerações mais velhas e adaptação é mais difícil”[4]
Para muitos, a fragmentação e a instabilidade parece um caminho por demais complicado. Não um caminho de riscos, mas de incertezas. Porque o risco pode ser calculado e a incerteza não. A imprevisibilidade hoje é tão grande que, em alguns casos, não se pode calcular nada.[5]
O ritmo e a profundidade das mudanças desse nosso tempo é de uma natureza nunca vista. No passado o ritmo era mais lento e o impacto da mudança menor. Um exemplo foi a revolução industrial no século XIX, que sem dúvida mudou muita coisa. Contudo, na Inglaterra, muitas pessoas foram afetadas indiretamente pela invenção da máquina a vapor, mas diretamente poucas pessoas foram afetadas naquele momento.
A revolução de hoje no âmbito da comunicação, por exemplo, é diferente. Quem não tem celular? A revolução das comunicações afeta a todos. Lembro-me de uma reportagem de pescadores na Amazônia que se comunicavam por celular com os outros para avisarem onde estavam os peixes, isso aumentou a produção daquela comunidade, pela comunicação eles sabem quanto está o quilo do pescado na região mais próxima, etc.


[1] CARDOSO, Fernando Henrique. A soma e o resto.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2012. p. 79. Refiro-me a Fernando Henrique Cardoso como Sociólogo e não como ex-presidente do Brasil, pois as citações que faço dele são fruto de sua produção acadêmica e não necessariamente do cargo que ocupou. Obviamente os 8 anos que ele ocupou a presidência do Brasil lhe ampliaram o conhecimento, contudo, optei pela denominação de sociólogo para não correr o risco da leitura ser encarada como uma produção meramente de política partidária.
[2] Idem, p. 82
[3] CARSON, D.A. Igreja emergente: o movimento e suas implicações. São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 97
[4] CARDOSO, 2010, p. 91.
[5] Idem.