E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.E ele lhes disse: Que quereis que vos faça?E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas;Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal;E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (Mc 10.35-37,42-45).
Sempre
que estou em um velório, ou fazendo a cerimônia fúnebre, nunca sei muito bem o
que dizer, muitos pensamentos me veem à mente. Um deles é que todos nós somos
finitos. Diante da morte percebemos a nossa pequenez, lembramos que somos pó e
para o pó voltaremos. Toda e qualquer presunção de força ou superioridade se
perde diante da morte.
Salomão,
o sábio, disse que preferia estar em uma casa onde há luto do que em uma casa
onde há festa. A festa nos faz ter uma falsa ideia de normalidade, as festas
por vitórias que alcançamos, pode nos fazer ter a ideia de sermos super-homens.
Porém, onde há luto, nos faz refletir, pensar na vida.
O
texto de Marcos 10.35-37,42-45, nos mostra dois seguidores de Jesus pedindo uma
posição de destaque ao lado dEle. O que eles queriam era ter proeminência sobre
os demais discípulos. Eles queriam posição, status. Jesus responde a eles
dizendo que no Reino de Deus a coisa funciona diferente. Jesus quer
mostrar-lhes que no Reino não há lugar para prepotência, orgulho ou soberba. Ou
seja, o Reino de Deus não é como o reino do mundo.
Na
edição do dia 23 de junho de 2007 a revista Veja fez uma reportagem sobre as
intrigas que há entre alguns ministros do governo Lula. Como a própria
reportagem conclui, são intrigas com o único objetivo de obter mais poder. É
uma leitura dos bastidores do poder na República do Brasil. É assim no reino
dos homens. Mas não deve ser assim entre os súditos do Reino de Deus.
Com lágrimas
nos olhos constato que, em muitos meios eclesiásticos, são essas atitudes que
estamos vendo. Conchavos políticos para conseguir cargos na administração,
mentiras, invejas, influência do poder econômico de alguns para se sobrepor, busca
do poder pelo poder. Talvez, hoje, mas do que nunca, vale a pena lembrar-se das
palavras de Jesus; “NÃO SERÁ ASSIM ENTRE VÓS”.
No Reino de
Jesus, só há lugar para quem tem sentimento de servo. O que Ele quer de nós é
que tenhamos o mesmo sentimento que Ele teve (Fl 2.5-8), o sentimento de servo.
Para os que entram na corrida por
posição e triunfo, não há vencedores, é uma corrida perversa que no fim
esmagará a nossa alma. Há uma citação do livro “Sete Hábitos das Pessoas
Muito Eficazes”, escrito por Stephen R. Covey, que nos traz ensinamentos
brilhantes:
“Quando
olho para as tumbas dos grandes homens, qualquer resquício de sentimento de inveja
morre dentro de mim; quando leio os epitáfios dos magníficos, todos os desejos
desordenados desaparecem; quando me deparo com o sofrimento dos pais em um
túmulo, meu coração se desmancha de compaixão; quando vejo a tumba dos próprios
pais, lembro-me de como é vão chorarmos por aqueles que logo seguiremos; quando
vejo reis colocados ao lado daqueles que os depuseram, quando medito sobre os
espíritos antagônicos enterrados lado a lado, ou os homens sagrados que
dividiram o mundo com suas discussões e contendas, medito cheio de dor e
surpresa, sobre a pequenez das disputas, facções e debates da humanidade.
Quando leio as variadas datas dos túmulos, algumas recentes, outras de
seiscentos anos atrás, penso no grande Dia, no qual seremos todos contemporâneos,
e faremos nossa aparição conjunta”.
A
sedução do aplauso é vã. As disputas e invejas nos igualam aos homens maus. O
Reino de Deus é diferente, o maior é o menor; a matemática de Deus é diferente,
Ele deixa noventa e nove ovelhas para buscar uma; revira toda uma casa arrumada
para encontrar uma simples drácma perdida. Os valores do Reino são superiores,
não podemos trocá-los pela moda do dia.
Houve
um homem na história, filho de um bom pai, educado nos princípios religiosos
que seus pais haviam recebido de Deus, mas que não conseguiu compreender os
princípios o Reino de Deus. A história não o perdoou. Esse homem é Esaú. A
história acusa Esaú de trocar a benção futura por um prazer imediato (Hb
12.16), dando a ele um adjetivo: profano.
Não
quero ser lembrado como profano e inescrupuloso. Daqui a muitos anos escreverão
a nossa história e a pergunta é: Como seremos lembrados? O meu desejo é que,
quando falarem da nossa geração, possam falar de pessoas que viviam sob as leis
do Reino; pessoas que entenderam a orientação de Cristo: “NÃO SERÁ ASSIM ENTRE
VÓS”.
A Paz do Senhor, Pastor Eduardo!!!
ResponderExcluirTalvez eu nunca me esquecerei de uma fala sua em uma das classes que o senhor foi o meu maestro: "... foi feito uma biblia, nossa, com a historia das Assembléias de Deus... eu quero que um dia que eu e voce possa ter feito a diferença hoje, que a gente fez a diferença nos dias que o Senhor nos deu, que a GENTE FEZ PARTE DESSA HISTÓRIA, que A GENTE ENTROU NA HISTÓRIA...", talvez a fala não seja tão igual como aquele día, mas é certo que aquela fala fez a diferença para todos que ouviram um dia.
Deus continue te abençoando!!