Apóstolo Paulo, já avançado de idade, preocupado com o que o futuro reservava a Igreja de Jesus, escreveu ao jovem Pastor Timóteo: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2Tm 3.1-5).
Estamos vivendo nestes dias que Paulo previu a dois mil anos.
No final do ano passado estava fazendo compras em um hipermercado da cidade de João Pessoa e vi alguns adolescentes conversando. Me aproximei, e, fiquei prestando atenção na conversa deles (sei que a boa educação nos ensina a não ouvir conversas alheias...), mas o fato é que eu não entendi a metade do que eles estavam dizendo! Fiquei muito angustiado... percebi que ao meu lado haviam pessoas, uma outra geração, que eu não compreendia os seus argumentos. E se eu não compreendia os seus argumentos, logicamente, eles também não me entenderiam.
Isso é um problema! Eu sou um pastor auxiliar de um grande campo, mas que cuido de uma pequena igreja. Percebi que estava correndo o risco de haver uma distancia muito grande entre o que eu falo no púlpito e o que é significativo aos ouvidos desta geração.
Foi nessa angústia que resolvi voltar a sala de aula. Assumi o ensino de Filosofia para turmas do ensino Médio em uma escola de ensino privado. Tem sido um experiência fantástica e preocupante. Esses dias estava falando sobre a ética na história até o tempo presente. Então um aluno, com no máximo 16 anos disse: “Eu acho que o aborto é uma decisão exclusiva da mulher. Afinal de contas o corpo é dela e ela decide o que fazer com ele”! Outros concordaram e tratavam esse assunto, e outros bem complexos como uma coisa trivial! Tratei então sobre o valor que estamos dando a vida, e que um feto não pode ser tratado como uma unha, um cabelo, que decidimos quando cortar, pois é um ser humano gerado por decisão de outros seres humanos que devem ter capacidade de assumir as suas responsabilidades.
O fato é que estamos vivendo dias difíceis e trabalhosos. A mídia e determinados grupos tentam impor, o que é chamado de “a ditadura do secularismo”. As pessoas estão bebendo dessa fonte. Deus não importa mais, afinal cada um cria o deus que melhor pode satisfazer os seus desejos. Os valores, assim como a verdade, é relativo.
As mentes estão cauterizadas. A maldade, o pecado, e seus derivados, não causam mais espanto. Com isso cresce a iniquidade.
Estamos em um momento crucial na hisória do Brasil. Na próxima legislatura há inúmeras leis que serão votadas e que se forem votadas por pessoas de mentes cauterizadas e iníquoas, a iniquidade será institucionalizada.
Um dos exemplos é o Projeto de Lei 122, que se for aprovado vai criminalizar cidadãos que não concordam com as as práticas homossexuais. A Argentina já aprovou o casamento de pessoas do mesmo sexo. Ainda há a questão da legalização do aborto, da discriminalização da maconha, entre outros.
Pastor Paschoal Piragine Júnior, foi extremamente corajoso ao fazer um pronunciamento na 1ª Igreja Batista de Curitiba alertando os membros daquela igreja para o perigo que nos ronda e da responsabilidade profética da igreja nestes dias. Por isso está sendo processado pelo Partido dos Trabalhadores.
Pr. Silas Malafaia, em seu programa de televisão, sugeriu que este vídeo fosse visto e mais de 2 milhões de pessoas assistiram o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI).
O fato é que nesta eleição não podemos votar a favor da institucionalização da Iniquidade. Pois como igreja de Jesus temos responsabilidades para com Ele e para com a Bíblia que pregamos.
Neste artigo, junto a minha pequena voz à voz de tantos outros, não para dizer em quem se deve votar, mas para dizer em quem não se deve votar.
O PT diz que tudo isso é invenção, mas cito abaixo a resposta do Pr. Silas Malafaia a um questionamento de membros do PT.
Vamos aos fatos:
1. O deputado que saiu do PT, saiu por ter posição cristã contrária aos princípios do partido. E se não saísse, seria expulso.
2. O PT está na vanguarda da defesa do aborto e da PL 122. Estes são fatos reais, verdadeiros. Inclusive, no último dia antes do recesso parlamentar no senado no ano de 2009, se não fossem os senadores Magno Malta e Demóstenes Torres, a líder do PT teria aprovado na calada da noite, por voto de liderança, a PL 122. Isto é uma vergonha, e vocês querem que a liderança evangélica fique quieta!
3. O PNDH3 (projeto Naciona de Direitos Humanos) foi enviado ao congresso pelo Sr. Presidente da República no dia 21/12/2009, e a vergonha é que, nesse documento, em vários pontos, só houve recuo em alguma coisa devido à pressão violenta da igreja católica. O PNDH3, sim senhor, é responsabilidade do governo Lula e do PT.
4. Lamento dizer, mas a verdade absoluta é que os princípios cristãos são inegociáveis para nós. Quanto a isto, o PT está do outro lado. Quero ser franco e honesto: eu só não entrei de cabeça na campanha do Serra, porque também não vi nele garantias de respeito a esses princípios. Nas duas vezes em que fui convidado para participar de audiências públicas pela Comissão de Constituição e Justiça, na primeira vez, que foi sobre a questão do aborto, os deputados que estavam defendendo a legalização do mesmo, eram do PT. Na segunda vez, no Estatuto das Famílias, os deputados do PT estavam defendendo a inclusão dos homossexuais a fim de beneficiá-los na adoção de crianças. Esta é a verdade nua e crua.
Estamos vivendo dias trabalhosos... Como igreja de Jesus devemos assumir as nossas responsabilidades.
Pr. Eduardo Leandro Alves
http://www.adpb.com.br/
Aqui você vai poder ler artigos que tratam de política, liderança, religião, entre outras análises desta Terra de Gigantes, onde pessoas são trocadas por diamantes...
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O Caminho
Sobre meios e fins…
A relação entre fins (o lugar para onde estamos nos dirigindo) e meios (como chegamos lá) deve ser observada. A idéia de Maquiavel, onde os fins justificam os meios não serve para a Igreja de Jesus. Encaixar os meios corretos aos fins esperados é fundamental na nossa caminhada. Pois os meios não podem apenas serem satisfatórios, mas também corretos com os fins. Os meios devem se encaixar com os fins, caso contrário, todo o processo se desmoronará.
Na vida é muito mais fácil determinar os fins, os alvos que queremos, do que os caminhos que nos levarão até ele. Estabelecer a meta exige pouco esforço, nenhum comprometimento e nenhuma habilidade. Contudo, encontrar os meios satisfatórios para viver para a glória de Deus e de forma condizente com a nossa identidade de filhos de Deus e membros da igreja, ou seja, chegar aos alvos pré-determinados é uma questão de concentração diligente, de perseverança responsável e discernimento aguçado.
Na tentação narrada nos Evangelhos, o diabo desafia a Jesus a cumprir a sua missão de forma a não ter que sofrer as conseqüências da vida natural. Mudar os meios para alcançar os fins.
Cada uma das tentações está relacionada com a maneira pela qual Jesus adotará para realizar a Sua obra. Será que Ele tornará a salvação impessoalizada impondo a Sua vontade às pedras, às pessoas? Será que Ele montará um espetáculo mostrando a providencia miraculosa de Deus sempre que Ele quiser? O que quer que signifique o Caminho de Jesus, a força intimidadora não faz parte dele. O Caminho de Jesus é sempre exercitado de maneiras pessoais, criando, salvando e abençoando as pessoas.
Nas três grandes recusas Jesus está declinando de fazer coisas boas da maneira errada. Cada tentação vinha embrulhada com algo bom. O diabo tem grandes ideias, ele é um visionário! Mas ele é incapaz de se encarnar como fez o Filho de Deus, o Verbo encarnado. O Mal usa as pessoas para corporificar seus projetos em relacionamentos funcionais e não pessoais. Como diz Eugene Peterson: “Todas as vezes que abraçamos caminhos que não são os de Jesus, tentando manipular as pessoas ou os acontecimentos de maneiras que impedem o progresso dos relacionamentos e das intimidades, estamos fazendo a obra do diabo”.
Na caminhada cristã, a mensagem do evangelho, o caminho de Jesus, não é apenas uma estrada para se chegar ao topo. Para muitos, seguir a Jesus é ser livre do inferno, é ser próspero, ter fama, tornar-se líder... Porém, é muito mais que isso. O caminho que nos leva ao céu, a presença de Deus é talhado de relacionamentos, aprendizado, é uma experiência para se viver em comunidade, para se viver como Igreja do Senhor.
A Fé
A história de Abraão é fantástica. Uma de suas fases que me impressiona foi quando Deus pediu a ele o seu filho em sacrifício. Hoje sabemos que Deus estava provando Abraão, provando a sua fé. Sabemos, por meio das Escrituras que Deus não aceita sacrifícios de seres humanos. Mas Abraão não tinha esse pré-conhecimento que nós possuímos após ler a sua história. Ele estava, ainda, escrevendo essa história.
Um ato de fé. A fé nos faz confiar de forma obediente no que não podemos controlar; viver um relacionamento obediente com Aquele que não podemos ver; nos lançarmos em uma terra sobre a qual nada sabemos. Isso se relaciona à fusão do invisível com o visível. Quando se entrega em ato de fé, abre-se mão de exercer o controle, abandona-se a confirmação dos sentidos (visão, audição, tato, olfato) da realidade a volta. Neste momento deixamos de confirmar e insistir nos processos oriundos do conhecimento intelectual como nosso meio principal de orientação da vida cotidiana. Quando damos o passo de fé, escolhemos lidar com um Deus vivo em que confiamos e sabemos que Ele sabe o que faz. Abraão era assim.
Penso em Abraão saindo e caminhando ao lado do jovem, sem saber efetivamente o que aconteceria. Estava disposto a executar o pedido do seu Deus, mas acreditava que Deus para si prepararia o cordeiro.
O caminho de Abraão continua da mesma forma. Em alguma altura do caminho de nossa vida percebemos que não estamos no controle da situação. “A vida de fé não consiste em impor nossa vontade (ou a vontade de Deus!), quer sobre as pessoas, quer sobre o mundo material ao nosso redor. Em vez de formarmos o mundo ao redor, ou as pessoas ao redor, ou nós próprios à imagem do que pensamos ser bom, entramos no processo que dura toda uma vida de não mais organizar o mundo e as pessoas como queremos”.
Fé é uma vida de obediência e confiança em quem nos chamou. Fé é um deliberado “sim” às promessas e às ordens do Deus vivo, o Deus do presente. A fé também é um firme “não” a um ídolo sujeito a manipulação e ao controle, um deus que podemos ver, tocar, testar e dar ordens.
Abraão não se tornou um exemplo de fé porque alguém o explicou sobre a fé, mas por uma longa jornada na vida. Pois, a fé não se aprende por meio de cópias, ou por imitação, ou por dominar algumas técnicas de fé. Todos somos originais quando vivemos pela fé. A fé genuína em Deus nos levará a escolher os meios certos para alcançarmos o fim desejável.
A relação entre fins (o lugar para onde estamos nos dirigindo) e meios (como chegamos lá) deve ser observada. A idéia de Maquiavel, onde os fins justificam os meios não serve para a Igreja de Jesus. Encaixar os meios corretos aos fins esperados é fundamental na nossa caminhada. Pois os meios não podem apenas serem satisfatórios, mas também corretos com os fins. Os meios devem se encaixar com os fins, caso contrário, todo o processo se desmoronará.
Na vida é muito mais fácil determinar os fins, os alvos que queremos, do que os caminhos que nos levarão até ele. Estabelecer a meta exige pouco esforço, nenhum comprometimento e nenhuma habilidade. Contudo, encontrar os meios satisfatórios para viver para a glória de Deus e de forma condizente com a nossa identidade de filhos de Deus e membros da igreja, ou seja, chegar aos alvos pré-determinados é uma questão de concentração diligente, de perseverança responsável e discernimento aguçado.
Na tentação narrada nos Evangelhos, o diabo desafia a Jesus a cumprir a sua missão de forma a não ter que sofrer as conseqüências da vida natural. Mudar os meios para alcançar os fins.
Cada uma das tentações está relacionada com a maneira pela qual Jesus adotará para realizar a Sua obra. Será que Ele tornará a salvação impessoalizada impondo a Sua vontade às pedras, às pessoas? Será que Ele montará um espetáculo mostrando a providencia miraculosa de Deus sempre que Ele quiser? O que quer que signifique o Caminho de Jesus, a força intimidadora não faz parte dele. O Caminho de Jesus é sempre exercitado de maneiras pessoais, criando, salvando e abençoando as pessoas.
Nas três grandes recusas Jesus está declinando de fazer coisas boas da maneira errada. Cada tentação vinha embrulhada com algo bom. O diabo tem grandes ideias, ele é um visionário! Mas ele é incapaz de se encarnar como fez o Filho de Deus, o Verbo encarnado. O Mal usa as pessoas para corporificar seus projetos em relacionamentos funcionais e não pessoais. Como diz Eugene Peterson: “Todas as vezes que abraçamos caminhos que não são os de Jesus, tentando manipular as pessoas ou os acontecimentos de maneiras que impedem o progresso dos relacionamentos e das intimidades, estamos fazendo a obra do diabo”.
Na caminhada cristã, a mensagem do evangelho, o caminho de Jesus, não é apenas uma estrada para se chegar ao topo. Para muitos, seguir a Jesus é ser livre do inferno, é ser próspero, ter fama, tornar-se líder... Porém, é muito mais que isso. O caminho que nos leva ao céu, a presença de Deus é talhado de relacionamentos, aprendizado, é uma experiência para se viver em comunidade, para se viver como Igreja do Senhor.
A Fé
A história de Abraão é fantástica. Uma de suas fases que me impressiona foi quando Deus pediu a ele o seu filho em sacrifício. Hoje sabemos que Deus estava provando Abraão, provando a sua fé. Sabemos, por meio das Escrituras que Deus não aceita sacrifícios de seres humanos. Mas Abraão não tinha esse pré-conhecimento que nós possuímos após ler a sua história. Ele estava, ainda, escrevendo essa história.
Um ato de fé. A fé nos faz confiar de forma obediente no que não podemos controlar; viver um relacionamento obediente com Aquele que não podemos ver; nos lançarmos em uma terra sobre a qual nada sabemos. Isso se relaciona à fusão do invisível com o visível. Quando se entrega em ato de fé, abre-se mão de exercer o controle, abandona-se a confirmação dos sentidos (visão, audição, tato, olfato) da realidade a volta. Neste momento deixamos de confirmar e insistir nos processos oriundos do conhecimento intelectual como nosso meio principal de orientação da vida cotidiana. Quando damos o passo de fé, escolhemos lidar com um Deus vivo em que confiamos e sabemos que Ele sabe o que faz. Abraão era assim.
Penso em Abraão saindo e caminhando ao lado do jovem, sem saber efetivamente o que aconteceria. Estava disposto a executar o pedido do seu Deus, mas acreditava que Deus para si prepararia o cordeiro.
O caminho de Abraão continua da mesma forma. Em alguma altura do caminho de nossa vida percebemos que não estamos no controle da situação. “A vida de fé não consiste em impor nossa vontade (ou a vontade de Deus!), quer sobre as pessoas, quer sobre o mundo material ao nosso redor. Em vez de formarmos o mundo ao redor, ou as pessoas ao redor, ou nós próprios à imagem do que pensamos ser bom, entramos no processo que dura toda uma vida de não mais organizar o mundo e as pessoas como queremos”.
Fé é uma vida de obediência e confiança em quem nos chamou. Fé é um deliberado “sim” às promessas e às ordens do Deus vivo, o Deus do presente. A fé também é um firme “não” a um ídolo sujeito a manipulação e ao controle, um deus que podemos ver, tocar, testar e dar ordens.
Abraão não se tornou um exemplo de fé porque alguém o explicou sobre a fé, mas por uma longa jornada na vida. Pois, a fé não se aprende por meio de cópias, ou por imitação, ou por dominar algumas técnicas de fé. Todos somos originais quando vivemos pela fé. A fé genuína em Deus nos levará a escolher os meios certos para alcançarmos o fim desejável.
domingo, 4 de abril de 2010
A SEMANA PASCAL
A Missão da Igreja possui a sua origem em Deus. É Deus que, em seu infinito, amor busca o homem e oferece a salvação. E isso pode ser visto por toda a Bíblia. Não há espaço aqui para tratarmos disso. Contudo, como abril é o mês em que se comemora a páscoa, resolvi escrever alguma coisa sobre a última semana de Jesus. Escrevo para dizer que a páscoa cristã, é diferente da Páscoa judaica; também não tem nada a ver com ovos de chocolate e coelhinhos. A Páscoa do cristão conta a história mais fascinante de todas. Aliais, a história de Jesus é fascinante. Até porque ela é a história da salvação da humanidade. Mas na Sua história, penso que a última semana foi a mais importante. A mais dramática, a mais dolorida, a mais majestosa.
Dos quatro evangelhos, apenas dois mencionam acontecimentos do nascimento de Jesus, todos os quatro oferecem poucas páginas sobre a ressurreição, mas todos os evangelistas dão descrições pormenorizadas dos acontecimentos que levaram Jesus a morte. Diante do ato da morte de Jesus a própria natureza entrou em convulsão: o chão tremeu, as rochas se fenderam, os céus ficaram negros.
Os evangelistas mostram que todo o poder político e religioso colocou-se contra uma figura solitária, o único homem perfeito que já viveu. Mas os evangelistas mostram que Ele estava supervisionando todas as coisas. Jesus vai para Jerusalém sabendo o destino que o aguardava. A cruz foi o seu alvo o tempo todo. Agora com a proximidade da morte Ele dá as ordens.
A entrada triunfal (Jo 12.12-19) – A primeira vista, aqui parece a única ocasião que Jesus não sentiu aversão aos aplausos. A multidão espalhava peças de roupa e galhos de árvores pelo caminho demonstrando a sua adoração. “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor!” Jesus repreendeu até mesmo os fariseus que recriminavam os louvores da multidão.
Os sentimentos de Jesus se misturavam. Lucas conta que, quando se aproximavam de Jerusalém Jesus começou a chorar... Não era uma cena para impressionar o império, não era como a chegada do imperador romano.
A última ceia (Jo 13.1-20) – João nos dá a mais detalhada descrição da última ceia (13-17). É nessa ceia que Jesus surpreende os discípulos lavando os seus pés. O interessante é que Ele faz isso e depois diz que confiaria um reino a eles. Que reino era esse? Em Jesus as coisas mudam. O objetivo não é mais chegar e ficar no topo – Jesus era o topo, Rabi, mestre, professor – mas desce até o chão e lava os pés dos discípulos. Jesus inverte a ordem social.
Percebo que nos últimos momentos de sua vida Jesus pediu que fizéssemos três coisas para lembrá-lo 1) batizar os outros como Ele mesmo foi batizado; 2) Lembrarmo-nos da refeição que naquela noite Ele compartilhou com os Seus discípulos e 3) lavarmos os pés uns dos outros. A questão de lavar os pés sempre foi ignorada pelas igrejas cristãs, com exceção de pequenas igrejas que executam o lava pés. Contudo, é certo que mesmo historicamente não temos provas que os discípulos continuaram essa prática.
Nessa mesma noite surge uma discussão entre os discípulos sobre quem é o maior, o instinto de competição aflora. Jesus não corta esse instinto, mas o redireciona. Ele diz: “o maior entre vós seja como o menor; e quem governa seja como quem serve”, foi então que Ele proclamou: “Eu vos confio um reino”.
Em outras palavras, creio que o terceiro item está ligado com o restante da história. O ato de lavar os pés estava demonstrando humildade e servidão. Jesus estava confiando a eles um reino de serviço e humildade. Depois de 2.000 anos seguir o exemplo de lavar os pés dos outros não ficou mais fácil.
A traição (Jo 13.21-29) – No meio de toda essa conversa Jesus complicou o ambiente: um dos doze reunidos ali iria traí-lo. Os discípulos se entre olharam e começaram a interrogarem-se. Jesus toca em um ponto complicado. Creio, e não sou o único, que os discípulos poderiam ter sido procurados pelos inimigos de Jesus para traí-lo. A traição não era algo novo no império, muito pelo contrário.
Na narrativa da última ceia, Judas parece estar em local privilegiado, perto do Mestre e Jesus ainda oferece o pedaço de pão molhado. A tradição afirma que somente um amigo íntimo poderia molhar o pão na sopa do outro. A idéia é: “Judas eu sei que você vai me trair, mas isso não muda quem Eu Sou; Eu continuo sendo Jesus, mas vai fazer depressa o que pretende”. Com Jesus aprendemos que as más atitudes dos outros não pode mudar quem nós somos.
Sabemos o fim da história: Judas traiu Jesus. Mas a traição de Judas não foi muito diferente dos demais discípulos. Pedro negou que conhecia Jesus; outros discípulos sumiram do mapa. Quando ficou claro que tipo de reino Jesus estava implantado, quando viram a cruz, cada um seguiu o seu caminho. Judas não foi o único e nem o último a trair Jesus, mas com certeza foi o mais famoso.
É um grande contraste a história de Judas e de Pedro. Ambos viveram e ouviram as maravilhosas palavras de Jesus, caminharam com o Mestre. Ambos traíram Jesus, Pedro foi restaurado, Judas não. Mas é aqui que tudo se esclarece. Em Judas Satanás entrou, encontrou lugar, Judas sentiu remorso, não se arrependeu. Morreu sem querer aceitar a Jesus que lhe ofereceu o “bocado molhado”, entrando para a história como o maior traidor de todos os tempos. Pedro humilhado, mas aberto a mensagem da graça e perdão de Jesus se arrepende e se torna figura central no início da Igreja.
O Getsêmane (Jo 18.1-11; Mt 26.36-46) – Do cenáculo, onde Jesus estava com seus discípulos, eles saem e se dirigem a um jardim. Tarde da noite, lugar bonito... Logo os discípulos caem no sono. É interessante que parece que para os discípulos nada estava acontecendo, mesmo com todos esses acontecimentos eles dormem em paz. Ao contrário deles, Jesus não sentia essa paz toda. Mateus diz que Ele se entristeceu e angustiou-se profundamente, Marcos acrescenta que Ele começou a ter pavor. Tanto Mateus quanto Marcos registram tristeza e melancolia nas palavras de Jesus: “A minha alma está profundamente triste até a morte. Ficai e vigiai.” É interessante perceber que Jesus sempre se retirava para orar sozinho, mas nessa noite Ele precisava da companhia de seus amigos.
O instinto humano sempre procura alguém para está ao lado nos momentos difíceis, na doença, no leito do hospital, em uma desilusão... Nesse momento decisivo, não só na vida de Jesus, mas na da humanidade, os discípulos falharam. Jesus não disfarça a sua indignação: “Não pudeste vigiar comigo nem uma hora?”.
Uma guerra cósmica estava a caminho. Jesus ora ao Pai: “Se possível afasta de mim esse cálice.” Não foi uma oração poderosa. Ainda acrescenta os evangelistas: “Em agonia, orava mais intensamente. O seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão.” Jesus estava em luta, uma luta que, não muito diferente de mim, ou de você, causava-lhe dor, angústia, a morte se aproximava. Para piorar, Ele estava abandonado. O mundo rejeitara Jesus (a procissão para prendê-lo identifica isso). Os discípulos o abandonaram, nessa grande angústia, talvez pudesse parecer que Deus o havia abandonado, mas logo depois Deus envia um anjo a consolá-lo. Parece que no jardim a tentação do deserto volta. Jesus podia pedir 12 legiões de anjos (72.000) para uma guerra santa. Mas se isso acontecesse não haveria história da Igreja e nem Igreja; nenhum reino haveria que avançaria como semente de mostarda; o reino antes desceria como uma chuva de saraiva de pedra.
Mas como nos diz John Howard Yoder, a cruz, o cálice, que agora parecia tão aterrorizador, foi o próprio motivo por que Jesus veio a terra. Então, conclui Yoder: “Aqui na cruz está o homem que ama os seus inimigos, o homem cuja justiça é maior que a dos fariseus, que sendo rico tornou-se pobre, que dá o seu manto a quem lhe tira a capa, que ora por aqueles que maldosamente abusam dele. A cruz não é um desvio nem um obstáculo no caminho do reino, nem mesmo é o caminho do reino; é o reino que vem.”
Jesus acorda seus discípulos pela última vez e marcha corajosamente no meio da escuridão em direção aos que iriam matá-lo.
Crucificação e Ressurreição (Jo 17.19- 20.31) – A turba na crucificação de Jesus o desafiou a descer da cruz para provar quem era, mas, pelo que parece, nenhuma pessoa imaginou que Jesus ressuscitaria. Mas para os que acreditavam em Deus, os que conheciam as Escrituras, toda essa história fazia sentido. Deus sempre escolheu a maneira mais lenta e difícil, respeitando a liberdade humana. Como cita Yancey: “Deus não aboliu o fato do mal; ele o transformou. Ele não interrompeu a crucificação; ele ressuscitou dos mortos”. O reino está entre nós. Precisamos anunciá-lo.
Pr. Eduardo Leandro Alves
Secretário Executivo de Missões da AD na Paraíba (SEMAD-PB)
sábado, 13 de fevereiro de 2010
EM BUSCA DE IDEAIS
Não é necessário ser um teólogo para perceber que nos convertemos em 3 níveis: 1) o mais elementar acontece quando nos convertemos dos falsos deuses ao Deus verdadeiro; 2) o seguinte é quando nos convertemos do nosso egoísmo ao senhorio de Cristo e entregamos as rédeas de nossa vida nas mãos de Deus, é um nível mais digno, quando já não sou eu mais que vivo, mas Cristo vive em mim. 3) o nível mais nobre de nossa conversão acontece quando nos convertemos a causa de Cristo. Somente então ele passa a ser realmente a razão do nosso viver. Abraçar o ideal de Cristo é o que nos motiva a vencer os períodos de depressão, a tentação da carne e o egoísmo.
Alguém já disse que os ideais são como estrelas: “não podemos tocá-las, mas assim como os navegantes dos mares, podemos escolhe-las como guias, e segui-las”. Meu desejo é que você abrace a causa de Cristo com o mesmo ardor e a mesma determinação com que abraçaram homens como Josué, que trilharam a senda do evangelho com determinação e graça. Quero compartilhar algumas verdade que fui motivado a escrever ao reler alguns textos do Pr. Ricardo Gondim. Nosso texto base é Josué 1.1-9.
1. QUANDO ABRAÇAMOS A CAUSA DO REINO, ASSUMIMOS O NOSSO PAPEL HISTÓRICO
Moisés morreu. Alguém precisa substituí-lo, tomar o bastão e seguir adiante. Precisa ser alguém que esteja disposto a exercer o seu papel histórico.Hoje, talvez mais do que nunca, o mundo precisa de uma igreja que assuma o seu papel histórico. Uma igreja que não esteja em busca apenas de bênçãos temporais, mas que esteja levantando os olhos para as nações que precisam ser alcançadas por Jesus Cristo.
Deus está procurando homens e mulheres que queiram assumir as suas responsabilidades no seu contexto histórico e que tomem o firme propósito de não permitirem que os anos passem, virem décadas e que as décadas passem por sua vida enquanto eternamente se prometem que um dia levarão as coisas de Deus a sério.
2. QUANDO ABRAÇAMOS A CAUSA DO REINO, AS FRONTEIRAS DOS NOSSOS SONHOS DEIXAM DE SER MEDÍOCRES
Após dizer a Josué que chegara a hora de assumir seu papel histórico, Deus promete alargar as fronteiras dos seus sonhos: “Como prometi a Moisés, todo lugar onde puserem as plantas dos vossos pés eu darei a vocês. Seu território se estenderá do deserto ao Líbano, e do Grande Rio Eufrates, a toda a terra dos hititas, até o Mar Grande, no oeste” (Js 1.3,4). As fronteiras dos sonhos de Josué deixariam de ser medíocres.
Quando nos comprometemos com o Reino de Deus, começamos a pensar grande. Deixamos de ser um povo que pensa pequeno, com sonhos mesquinhos, para ter as fronteiras dos nossos sonhos expandidas pelo próprio Deus!
Tenho grande admiração pela história de John Wesley, pregador inglês do século XIX, por sua visão extraordinária. Observe a agenda de estudos deste homem:
• Segundas e terças – Grego, história romana e literatura
• Quartas – Lógica e ética
• Quintas – Hebraico e Árabe
• Sextas – Metafísica e Filosofia Natural
• Sábados – Composição de oratória e Poesia
• Domingos – Divindade
Ele ainda encontrava tempo para estudar francês e Matemática, além de conduzir experimentos em Ótica!
Contudo, John Wesley pregou durante toda a sua vida uma média de 3 sermãos por dia, durante 54 anos, perfazendo um total de 44.000 mensagens. Viajou no lombo de um cavalo 320.000 km, ou cerca de 8.000 km por ano. Publicou um comentário de 4 volumes sobre a Bíblia, um dicionário de inglês, 5 volumes sobre filosofia, 4 volumes sobre história da igreja, livros de gramática inglesa, hebraica, francesa e grega. Escreveu 3 volumes sobre música clássica, e o seu jornal que no final da sua vida totalizou 50 volumes!
Ao ler isso sinto até vergonha! Mais ao final da sua vida a igreja Metodista era a segunda força dentro do protestantismo no mundo, e a maior igreja evangélica dentro dos EUA no século XIX. Isso tudo aconteceu no período de uma vida! Parece que o que falta em nossa sociedade hoje são homens e mulheres com esse calibre de luta!
Necessitamos de gente que saiba sonhar de novo. Precisamos de pessoas...
• ...cujo maior aplauso venha de Deus;
• ...cujo exemplo seja uma inspiração;
• ...que amem mais a humildade o que a propaganda;
• ...conhecidos e amados no céus;
• ...conhecidos e temidos no inferno!
Ora, se o mundo do cego é limitado pelos olhos que não vêem e o do ignorante pelo conhecimento que não possui, o mundo do medíocre é limitado pelos sonhos que não possui.
Uma geração pobre não é aquela sem riquezas, e sim aquela que não possui homens e mulheres que saibam sonhar. Uma das maiores tragédias de nossos dias é a falência dos sonhos e ideais...
Somos uma geração de brinquedos caros, mas de alma vazia, sem causas para defender, sem qualquer projeto pelo qual valha a pensa morrer. Tornamo-nos homens e mulheres voltados apenas para nossos empreendimentos sociais.
Gostaria de ajudar as pessoas a expandirem as fronteiras dos seus sonhos. Assim como na vida de Josué, Deus quer fazer grandes coisas de nossas vidas, mas quantas vezes trocamos os sonhos e projetos de Deus, que são eternos, por aquilo que passa como a neblina da manhã.
3. QUANDO ABRAÇAMOS A CAUSA DO REINO, NENHUM INIMIGO É INVENCÍVEL
Deus chamou Josué e disse: “Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida”.
Um inimigo é um perigo não pelo que ele possa fazer a mim, mas pelo que eu faço a mim mesmo diante dele. Como disse o filósofo: “não importam o que fazem comigo, mas o que eu faço com o que fazem comigo”. Seremos derrotados quando permitirmos que o medo e a hesitação se apoderem de nós. Ninguém poderia resistir a Josué por causa do ideal que ele abraçara e por causa do Deus que estava por trás desta causa.
Alguns homens que abraçaram o ideal de Deus:
ORLANDO BOYER, autor do livro: Heróis da Fé, quando completou 70 anos a missão americana o aposentou compulsoriamente e o enviou a um asilo de missionários nos EUA. Quando sua esposa faleceu ele solicitou a missão americana enviasse as despesas com o funeral. Ele levou o corpo de sua esposa até a funerária, deu-he um beijo na testa e saiu. Dois dias depois, o corpo ainda permanecia na funerária, que sem saber o que fazer, ligou para a Agencia Missionária, que informou que já havia enviando o dinheiro do funeral, mas que não sabia onde estava o marido! Finalmente descobriram que com o dinheiro do enterro, Orlando Boyer comprou uma passagem para o Brasil e quando foram procurá-lo ele já estava em Pindamonhangaba traduzindo livros para o português!
ROBERT MOFAT, passou 29 anos traduzindo a Bíblia para uma tribo Africana;
DAVID LIVINGSTONE, Médico inglês, explorados da coroa Britânica e Missionário no coração, se embrenhou no interior da áfrica para cuidar de tuberculosos. Já velho, o seu corpo foi encontrado ajoelhado ao lado da sua cama na manhã do dia 1º de maio de 1873. Os africanos, depois de arrancarem o seu coração com um punhal, disseram: “os ingleses podem levar o seu corpo de volta para a Inglaterra, mas o seu coração pertence aos africanos”. E ali, sob uma árvore, abriram um pequeno buraco no chão e enterraram o coração de seu querido missionário.
CONCLUSÃO
Quando abraçamos o ideal de Deus seremos bem sucedido em tudo o que fizermos, pois essa é a verdadeira prosperidade. Até as coisas mais simples que fazemos Deus está por trás delas. Conta-se que em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, chamada Rochesterum homem que pouquíssimas pessoas ouviram falar, chamado John Egglen, observava por detrás da janela da sua casa uma grande nevasca que estava caindo. Ele estava sem a mínima vontade de ir ao culto, mas sendo um presbítero da igreja, e sabendo que o Pastor morava longe da igreja e devido a nevasca possivelmente não conseguiria chegar ao culto, pensou: Sou um presbítero da igreja e preciso ir pelo menos abrir a igreja para algum crente que tenha coragem de enfrentar essa nevasca. Alguns irmãos foram a este culto, mas não havia ninguém para pregar naquela noite, então John se sentiu na obrigação de pregar, mas ele não sabia pregar e a sua mensagem foi monótona e redundante, tudo o que ele conseguia dizer era: “Olhe para Jesus, olhe para Jesus, olhe para Jesus”.
Acontece que estava ali um adolescente de 13 anos e essas palavras entraram como uma flecha no seu coração. Ele olhou de fato para Jesus, e entregou-lhe a vida ali mesmo. O nome desse adolescente era Charles Spurgeon, considerado hoje como um dos maiores pregadores que a história do cristianismo já conheceu, chamado de “o príncipe dos pregadores”.
Quando abraçamos a causa do Reino de Deus, o próprio Deus se torna nosso companheiro: “...pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar” (Josué 1.9). Disse Jesus: “Eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O PASTOR QUE VIROU MUÇULMANO
Vamos aos fatos.
O senhor João de Deus (esse é o seu nome próprio) era funcionário público (banco do Brasil) e iniciou a sua vida ministerial na Assembleia de Deus da cidade de Itabaiana, interior da Paraíba a mais de 20 anos atrás. Por volta do final dos anos 90, juntamente com um grupo de pastores saiu da Assembleia de Deus Missão (como é denominado aqui nessa região as igrejas ligadas a CGADB) e se filiou a Assembleia de Deus Ministério de Madureira, com sua sede no bairro do Cristo Redentor. Em pouco tempo alguns destes pastores que foram para a Assembleia de Deus de Madureira, formaram ministérios autônomos ligados a Convenção Nacional de Madureira, inclusive João de Deus que fundou a “Assembleia de Deus Ministério de Madureira, campo Deus é fiel”.
A filha de João de Deus, segundo consta, se mudou para Dubai, Emirados Árabes, e lá se casou com um árabe muçulmano bem abastado financeiramente. Ao visitar sua filha, voltou com algumas ideias diferentes. Segundo membros da igreja, quando ainda era o pastor da igreja proibiu o irmãos a exercerem os dons espirituais, o que causou um esfriamento na igreja – segundo relatos de irmãos desta referida igreja.
Antes deixar a liderança da igreja (a informação que foi passada para a igreja é que ele iria morar com a filha em Dubai, e por isso estaria entregando a direção da igreja), João de Deus, firmou um acordo no qual receberia uma quantia de dinheiro por 36 meses (uma espécie de indenização). Porém, ainda não havia se declarado muçulmano (embora já o fosse no coração). Quando passou a igreja a outro pastor, então declarou-se muçulmano. Os irmãos da igreja se sentem traídos, pois, no mínimo ele agiu de má fé ao firmar esse acordo financeiro já sendo muçulmano.
Bem, estes são os fatos que são largamente conhecidos na cidade de João Pessoa, inclusive por uma carta feita pelo próprio João de Deus e lida na sua antiga igreja.
Bem, então vejamos:
Conheci João de Deus já no campo Deus é fiel, participamos de algumas reuniões na associação de pastores da cidade. Também nos encontramos no treinamento do Projeto Minha Esperança, onde ela era o representante da Convenção de Madureira na Paraíba. A impressão que tive dele foi a de um homem de pouca expressão, pouco carisma, e de pouca argumentação bíblica (digo argumentação no sentido de ter base para se criar um argumento sólido e clareza nas posições), fruto de uma hermenêutica pobre e com muitas lacunas. Ainda há aqueles que o conhecem bem e dizem que na verdade ele não foi seduzido pela doutrina islâmica, mas pelos “petrodólares” oferecidos a ele depois que ele se tornasse um líder muçulmano.
A verdade é que João de Deus apostatou da fé, pois nega a divindade de Cristo, a sua volta iminente, a Trindade, e assim como Alexandre e Demas, que, como disse Paulo, amou o presente século, nos tem causado muitos males (2 Tm 4.10,14). João de Deus foi um obreiro inexpressivo, de palavras inexpressivas e posso dizer sem convicção. Pois na sua entrevista para um jornal da cidade ele disse que sempre teve problemas com a data do Natal ser 25 de dezembro! Ora, qualquer crente sabe que tanto faz a data que se comemora o nascimento de Jesus, pois o que importa é o dia em que Ele veio ao nosso coração e mudou a nossa vida. O que importa é que um dia Deus interveio na história humana e enviou o Seu Filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
Quando passar essa surpresa inicial, ele continuará sendo uma pessoa inexpressiva e o campo que ele enganou e abandonou, com a graça de Deus crescerá (o que não aconteceu quando ele liderava), ele será esquecido e a igreja seguirá caminhando, pois disse Jesus: “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
Eduardo Leandro Alves
Secretário Executivo de Missões da AD na Paraíba
eduardoleandroalves.blogspot.com
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