Terra de Gigantes
Aqui você vai poder ler artigos que tratam de política, liderança, religião, entre outras análises desta Terra de Gigantes, onde pessoas são trocadas por diamantes...
sábado, 7 de outubro de 2017
Gente que incomoda!
Em relação ao artigo na Revista Veja sob o título: "Povo que incomoda", faço uma pequena reflexão.
Ao meu ver é claro que o autor se utiliza de um texto retórico e recheado de ironia, e, alguns (inclusive líderes evangélicos) escrevem buscando minimizar o fato, argumentam que a maioria dos leitores não compreendeu o raciocínio, pois na verdade o autor está criticando "a hipocrisia da elite que prega a diversidade mas não as aceita em relação aos evangélicos". A minha opinião é que, embora o texto seja retórico, o autor "peca" pelas generalizações e, em linhas gerais, toda a generalização é burra.
Teologicamente não me sinto ofendido por não ser compreendido "pelas elites" ou por ouvir (e perceber) a imposição da "ditadura dos tolerantes", ou seja, a tolerância para eles é uma via de mão única (só na direção que eles querem). Não me aborreço e nem me espanto, pois JESUS disse que o sistema não nos amaria, pois também não o amaram. Jesus sempre soube que seríamos um espinho na garganta do sistema e que a Igreja deveria ser sempre diferente do sistema, pois caso se torne igual (ao sistema) terá o mesmo destino do sal que não salga, não prestará para nada.
Agora, realmente, a instituição Igreja (a organização) deve fazer sempre a autocrítica, para que seus discursos não sejam hipócritas com vistas a esconder seus problemas institucionais, problemas relacionados a natureza pecaminosa da humanidade. Por isso, e sempre, devemos estar diante das Escrituras para que por ela (como Palavra de Deus) sejamos moldados e aperfeiçoados pela Ação graciosa de Deus, com isso nossa ética/moral sempre destoará do sistema vigente, pois nos comportamos no dia a dia com vistas ao nosso fim último, a Eternidade.
Criticamos, com razão, a exposição de crianças a nudez, mas são poucas vozes que se levantam contra, por exemplo, o papel que se prestou determinada liderança no Congresso nas jogadas da CCJ. A corrupção rouba os direitos das crianças e a Bíblia condena com a mesma veemência os que tais coisas praticam.
Que continuemos a incomodar, mas sempre tendo em mente que somos bem aventurados quando formos "perseguidos pelo amor do Seu nome". Deus tenha misericórdia de nós!
Pr Eduardo Leandro Alves
segunda-feira, 28 de abril de 2014
O que significa: TETELESTAI
Gostei muito desse texto, por
isso estou reproduzindo:
“... havendo riscado o escrito de dívida, que era contra nós nas suas
ordenanças, o qual de alguma maneira nos era contrário, e o tirou do meio de
nós, cravando-o na cruz...” Colossenses 2.14
“TETELESTAI” é uma expressão grega que pode ser traduzida como “está consumado”,
“totalmente pago” ou “dívida cancelada”. No século I, quando um criminoso era
preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como “cédula de
dívida” ou “escrito de dívida”. Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua
liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula,
especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia
TETELESTAI. Pronto! O indivíduo não devia mais nada à justiça.
Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade.
O apóstolo Paulo se apropria desta figura jurídica para nos transmitir a
profundidade do alcance da obra redentora de Cristo, pois como pecadores que
somos, contra nós também há uma “cédula de dívida”, a saber, uma série de
transgressões cometidas ao longo da vida. Esta cédula constitui-se em um
poderoso instrumento de acusação. Ela nos silencia, nos humilha, pois não há
como contradizê-lá, não há como nega-lá. Nela se registram todas as nossas
maldades, todas as nossas mentiras, toda perversidade que praticamos. Ela
aponta para a destruição dos que ali constam (Ap 20.12). Entretanto, o apóstolo
Paulo declara que Cristo “riscou o escrito de dívida, tirando-o do meio de
nós, cravando-o na cruz”. Ou seja, Jesus Cristo com sua morte vicária
(substitutiva), pagou a dívida que tínhamos para com Deus. Vale a pena
lembrar que na cruz do Calvário, segundo o Evangelho de João (19.30), Cristo
declarou “Está consumado!” (TETELESTAI), sendo, inclusive, sua
derradeira palavra.
Consumado! Totalmente pago! Esta é a nossa verdadeira situação em Cristo no
que consiste a satisfação da justiça divina. Não importa o que tenhamos feito.
Não importa a extensão e a gravidade do nosso pecado, em Cristo Jesus “nenhuma
condenação há” (Rm 8.1). Portanto, quando lembranças ruins de um
passado distante ou recente surgirem e nos sentirmos culpados e ameaçados em
nossa paz, basta nos lembrarmos do que Cristo fez por nós. Basta nos lembrarmos
da sua última palavra proferida a nosso respeito: TETELESTAI! Todos os
nossos pecados foram perdoados pelo precioso sangue do Senhor Jesus Cristo.
Sangue este que riscou a cédula que nos era contrária, nos livrando da
condenação de uma vez por todas. De uma vez para sempre!
É comum encontrarmos cristãos inseguros quanto ao fato de se sentirem
plenamente perdoados por Deus. Alguns têm a impressão de que precisam orar mais
uma vez para, quem sabe, serem realmente perdoados pelo Senhor. Porém, as
Escrituras Sagradas não nos orienta a “sentir o perdão” de Deus e, sim a crer
que, em Cristo, Ele já nos perdoou. Portanto, não é uma questão de sentimento, mas
sim de fé na pessoa de Jesus Cristo e na eficácia da obra que Ele realizou.
Outra questão que também atormenta alguns irmãos é o receio de que, dependendo
do que fizeram no passado, estes precisam “quebrar alguma maldição” ou “anular
algum pacto”, pois, do contrário, sempre estarão sujeitos a alguma investida de
satanás e poderão ter algum tipo de influência maligna em suas vidas. Assim,
para tais, a qualquer momento, o diabo poderá vir “cobrar a fatura” sendo,
portanto, necessário participar de algum culto ou corrente de libertação.
Esta prática, embora comum, principalmente em comunidades neopentecostais,
é estranha ao ensino da Escritura Sagrada. Paulo, afirma que a dívida foi
cancelada, além disso, no versículo 15 do capítulo 2 da carta aos Colossenses,
o apóstolo insiste que “tendo despojado os principados e as potestades,
os expôs publicamente ao desprezo, e deles triunfou na cruz...” Se no
versículo 14, Paulo utiliza uma cena jurídica, como já dissemos acima, neste
ele usa uma realidade militar bastante conhecida na época, pois quando duas
nações entravam em guerra, era comum o exército vencedor trazer ao seu
território o exército vencido e, numa cerimônia pública, os soldados derrotados
tinham suas roupas e demais pertences retirados até ficarem completamente nus.
Este despojamento tinha o objetivo de humilhar o inimigo
derrotado, demonstrando que estava totalmente subjugado. É exatamente isto que
Paulo está ensinando aos crentes de Colossos! Cristo derrotou e humilhou o
diabo, despojando-o de toda e qualquer autoridade que tinha para nos acusar,
tentar e prejudicar. Cristo fez dos seus inimigos, o “estrado de seus pés” (Ef
1.20-22). Não precisamos temer o diabo. Ele está derrotado, despojado e
humilhado pelo Senhor Jesus Cristo. A dívida está paga! TETELESTAI!!!
Todos os nossos pecados foram perdoados! Que coisa boa! Todas as nossas
maldições foram levadas à cruz e ali aniquiladas (Isaias 53). Que maravilha!
Estamos livres! Livres para viver a plenitude da vida de Cristo. A Ele, e
somente a Ele, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder pelos séculos
dos séculos, Amém!!! (Ap 5.13).
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Coloquei essa reflexão de Rubens Alves em meu Blog, arquivei em minha mente e somei a oração do salmista: "ensina-me a contar os meus dias para que alcance um coração sábio", para que no passar dos anos não perca tempo com mediocridades...
O TEMPO E AS JABUTICABAS
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela
menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela
chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos
para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem
para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões
de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse
amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'
O essencial faz a vida valer a pena.
Rubem Alves
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Preciosa a Graça de Jesus

Preciosa a graça de Jesus,
que um dia me salvou.
Perdido andei, sem ver a luz,
mas Cristo me encontrou.
A graça, então, meu coração
do medo me libertou.
Oh, quão preciosa salvação
a graça me outorgou!
Promessas deu-me o Salvador,
e nele eu posso crer.
É meu refúgio e protetor
em todo o meu viver.
Perigos mil atravessei
e a graça me valeu.
Eu são e salvo agora irei
ao santo lar do céu.
O Hino Preciosa Graça (Amazing
Grace), é, sem duvida, um dos mais belos hinos cristãos, um dos mais cantados e
mais admirados em todo o mundo. Sua história me deixa maravilhado e motivado a
seguir em frente na caminhada cristã rumo as Mansões celestiais.
O autor dessa letra é John
Newton. Pesquisadores acreditam que esse hino foi escrito
entre 1760 e 1770, baseado em 1 Crônicas 17.16-17, texto em que o rei Davi
rememora a misericórdia de Deus para com um homem tão insignificante e pecador
como ele. Foi escrita para ilustrar um sermão no dia de ano novo de 1773 e fez
parte dos "Hinos Olney", hinário de músicas compostas por John Newton
e seu amigo, o poeta William Cowper. Em todos os lugares em que se narra a
história desse hino, sua letra é atribuída a John Newton, que antes de conhecer
a Jesus como Salvador era capitão de um navio negreiro, mas a melodia sempre é atribuída a um autor
desconhecido.
Músicos contemporâneos, como
Wintley Phipps, em seus estudos sobre a musicalidade desse hino, atribuem
Amazing Grace a um estilo conhecido como “Spiritual”, música negra evangélica
cuja origem remonta os cânticos entoados pelos negros escravos evangélicos nos
Estados Unidos (por volta do século XVII). Uma das características desse estilo
“Spiritual” é ser um lamento, tom manso, num andamento "largo" e
meditativo e, os negros, acorrentados, poderiam cantar sentados e a “capella”. Hoje
se diz que a maioria desses hinos podem ser tocados na “escala pentatónica”, as
chamadas teclas negras do piano. A história de conversão de Newton remonta a
uma tempestade que ele enfrentou em alto mar. Assim, surge a possibilidade de
que em meio àquela Tempestade, Newton o capitão do navio negreiro, ouvia uma melodia
vinda do porão, sendo impactado pela Graça Salvadora de Jesus, que tem poder
para salvar o mais vil pecador. Após essa tempestade e experiência de
conversão, John Newton, tornou-se Pastor em Olney, na Inglaterra (1764 a
1780), faleceu com a idade de 82 anos, em 21 de dezembro de 1807. Ele mesmo
resumiu sua vida e escreveu seu próprio epitáfio, que diz:
John Clerk Newton,
Uma vez um infiel e libertino,
Um servo de escravos na África,
Foi pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo
Preservado, restaurado, perdoado,
E nomeado para pregar a fé que ele
Tinha se esforçado muito para destruir ....
Por que que eu resolvi contar
essa história aqui? Para lembrar a você, amado leitor, que essa Graça Salvadora
está presente, como sempre esteve, seja após a Queda com a Palavra da promessa
do Salvador; seja na pregação e salvação da família de Noé; seja na chamada de
Abraão; no perdão que o rei Davi encontrou; no encontro de Rute com Boaz; na fé
de Raabe… e na forma mais abundante e perfeita da Graça: no Verbo que se fez
carne e habitou entre nós (Jo 1.14), JESUS CRISTO.
Brancos,
negros, gentios, judeus, servos, livres, homem ou mulher. A Graça de Deus nos
alcança e tem o poder de mudar histórias.
Este ano comemoramos 95 Anos da Assembleia de
Deus na Paraíba e a Mensagem da Preciosa Graça que se manifesta por meio de
Cristo Jesus sempre esteve (e está) presente em cada cidade, em cada púlpito.
Essa Mensagem é base de sua pregação. Sinta a Graça de Deus perdoando,
salvando, curando, nos levando para o céu. A graça alcançou Saulo de Tarso;
alcançou John Newton tornando-o um ex-traficante de escravos. A Graça nos
alcançou. Graças a Deus!!!!
Pr. Eduardo Leandro Alves
Fonte: De traficante de escravos a pregador - A
história de John Newton. Brian Edwards. Ed. Fiel. 2001.
http://www.youtube.com/watch?v=jzsdbhCWJikquinta-feira, 17 de janeiro de 2013
A FELICIDADE DOS MANSOS
Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a terra (Mt 5.5)
É sabido que o mundo, enquanto
sistema, rejeita os valores do Reino de Deus. O sistema pensa em termos de
força, de poderio militar, bélico, econômico e político. Quanto mais agressivo,
mais forte. Jesus, porém, disse que não são os fortes e os arrogantes que são
felizes; nem são eles que vão herdar a terra, mas os mansos. Neste caso, ser
cristão é ser totalmente diferente, pois somos uma nova criatura, possuímos um
novo nome, uma nova mente, nascemos de novo, somos de outro Reino.
A verdade é que Jesus frustrou
muitos de seus contemporâneos. Os judeus, subjulgados pelos romanos desde o ano
63 a.C, aguardavam um Messias político, guerreiro, que implantasse Seu Reino pela
força. Haviam vários grupos em Israel, os 4 mais importantes eram: os fariseus,
que como religiosos conservadores, esperavam um Messias milagroso; os saduceus,
que eram os liberais, queriam um Messias materialista; os essênios, eram
místicos que viviam nas cavernas próximas ao Mar morto, eles queriam um Messias
monástico; e os zelotes, eram ativistas militares que se insurgiam contra Roma,
queriam um Jesus militar. Os próprios apóstolos queriam uma restauração
política (At 1.6). Jesus, porém veio com outras propostas e o povo disse: Não
queremos esse Messias. Fora com ele! Crucifica-o!!
Agora, manso neste contexto das bem-aventuranças não pode ser confundido
com uma atribuição natural, como uma boa índole, uma pessoa educada
socialmente, pois não é algo externo, mas uma obra da graça no coração. Ser
manso não é virtude, é graça! Ser manso não é ser mole, ou ficar impassível
diante dos problemas. Não é ser tímido ou covarde, medroso, ou indolente. As
pessoas mansas na Bíblia foram profundamente vigorosas e enérgicas. Tiveram
coragem de se posicionar contra o erro. Enfrentaram acoites, prisões e a
própria morte devido aos seus posicionamentos. Basta somente olharmos para
Moisés, Paulo, Jeremias, o próprio Cristo. Jesus era manso e humilde de
coração, mas expulsou do Templo vendilhões, teve coragem de morrer na Cruz e de
acusar o pecado. Mansidão não significa impotência, mas domínio próprio. “Quem
não tem domínio próprio é como uma cidade derribada (Pv 25.28). Ser manso não é
ser conivente e com isso manter a paz a qualquer preço, ficando em cima do muro
e agradar a gregos e troianos. Ser manso não é ser neutro, ou viver sem cor ou
sem sal, sem opinião própria.
O QUE SIGNIFICA SER MANSO
É ser submisso a vontade de Deus.
Uma pessoa mansa não se rebela contra a vontade de Deus e não vive uma vida de
murmuração. Uma pessoa mansa é como Paulo, sabe viver em qualquer situação (Fp
4.11). Está sempre dando graças a Deus, sabendo que todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam a Deus.
É estar debaixo do controle de
Deus. O manso é aquele que literalmente “foi domesticado”. A palavra grega para
manso, praus, significa meigo,
trata-se da atitude humilde e mansa que se expressa na submissão às ofensas,
livre de malícia e de desejo de vingança. Significa um dos termos mais elevados
no vocabulário ético dos gregos antigos; a virtude como equilíbrio entre dois
extremos alcançada por quem é manso.
Nas palavras do Pr. Hernandes
Dias Lopes, o manso é aquele que tem força, mas a força está sob controle. A
Bíblia fala que é mais forte aquele que domina o seu espírito do que aquele que
domina uma cidade.
Dr. Lloyde-Jones diz que manso é
aquele não reivindica os seus próprios direitos. O manso não exige coisa alguma
para si. Não considera todos os seus legítimos direitos como algo a ser
exigido. Não faz exigências quanto a sua posição, aos seus privilégios, às suas
possessões e à sua situação na vida. Jesus, sendo Deus não teve como usurpação
o ser igual a Deus (Fp 2.5,6). O manso é aquele que está disposto a sofrer o
dano. Como Paulo escreveu aos Coríntios, em uma demanda entre irmãos, ele está
pronto a sofrer o dano em vez de buscar levar vantagem (1Co 6.7).
O indivíduo que é manso admira-se
de Deus e dos homens pensarem tão bem dele quanto realmente pensam. Além disso,
uma pessoa mansa não se inflama facilmente (Sl 38.12,13).
Com esses conceitos em mente, entendemos que Jesus promete uma recompensa aos mansos:
Uma profunda e gloriosa
felicidade. Macarios, uma palavra
usada pelos gregos para falar da felicidade dos deuses. Uma felicidade plena
que não depende das circunstancias.
A herança da terra no tempo. Mesmo
sendo forasteiros na terra (Hb 11.37), os mansos são aqueles que herdam a
terra. Eles comem o melhor dessa terra. O ímpio pode ter a posse temporal da
terra, mas o manso usufrui as benesses dessa terra.
Nesse sentido os mansos já são
herdeiros da terra, na vida presente. Pois o manso é uma pessoa satisfeita.
Sente-se contente. Ele nada tem, mas tudo possui. Paulo diz: “entristecidos,
mas sempre alegres, pobres, mas enriquecendo a muitos, nada tendo, mas
possuindo tudo” (2Co 6.10). O manso é cidadão do céu. O manso é filho de Deus,
o manso é herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Do Senhor é a terra a sua
plenitude. Ou seja, tudo o que pertence ao Senhor, pertence ao manso.
Nesse caso, conquistarão a terra
não pelas armas, não pela força, mas por herança. O manso herda as bênçãos da terra. O manso desfrutará também a terra
restaurada, redimida do seu cativeiro. Ele habitará no seu novo céu e na nova
terra. O manso não apenas herda a terra, mas também o céu.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Presentes de Natal... Aprendendo a viver e contar os dias
Trazido a um mundo onde não há
almoço gratuito e treinado para usar presentes para comércio, estou buscando
gastar a minha vida entendendo a vontade de Deus, recebendo e dando esses
presentes, com a fé de estar ofertando ao Salvador a minha devoção e gratidão
pela salvação.
Nessa época, mais importante do
que discutir se a data é correta, é importante aproveitar a oportunidade e
introduzir o verdadeiro sentido do Natal: A história do Deus que se fez homem
para nos salvar. Penso ser interessante
comemorar o Natal próximo ao Ano Novo, pois se soma a reflexão natural que se
faz ao final de um ano.
Sei que é apenas mais um pôr do
sol e nascer do sol, mas a virada do dia 31 de dezembro para o dia 1 de janeiro
possui um impacto psicológico muito grande. Vale a pena fazer uma “auditoria na
alma”, “fechar para balanço”, ofertar ao Salvador o melhor. Buscar Novos
horizontes. Uma sugestão é fazer a mesma oração que Moisés: "Ensina-nos a
contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." (Sl 90.12).
Com isso em mente, reli um texto
do Pr. Ariovaldo Ramos que quero compartilhar, como Segue.
Há alguns, ao participar do aniversário de um bom amigo, ponderei sobre a sábia e enigmática frase de Moisés:
"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração
sábio." (Sl 90.12). Parece que esse conselho, do grande libertador, sempre
nos vem à mente nessas ocasiões. Porém, apesar da beleza da fala do homem de
Deus, permanece o desafio do tipo "decifra-me ou o devorarei": o que
significa contar os dias da maneira proposta?
Não sei se alguém tem a resposta,
mas eu gostaria de propor uma.
Jesus Cristo, certa feita, disse:
- "E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos."
(Lc 16.9). Na ocasião, ele estava respondendo ao ataque de alguns fariseus, que
estranhavam o fato de Jesus estar recebendo publicanos e pecadores. Por uma
questão de justiça para com os fariseus é preciso que se diga que, em
princípio, eles tinham razão: publicanos e pecadores não eram simples almas
perdidas; eram membros do povo de Israel que traíram ao seu Deus e ao seu povo!
Não tivessem os romanos privado os judeus de aplicarem a justiça, tais pessoas
teriam sido apedrejadas. Para dar essa resposta, o Senhor lançou mão de quatro
parábolas: a ovelha perdida, a dracma perdida, o filho perdido e o
administrador infiel.
Na primeira, fala de um pastor
que abandona, no campo, 99 ovelhas e vai atrás da que se perdeu. Uma loucura!
Deixar seu aprisco à deriva de ladrões e animais selváticos e, mais, quando
volta, vai festejar o achado. E as demais ovelhas? Uma loucura! Com essa
parábola Jesus parece confirmar que ao receber publicanos e pecadores estava,
aparentemente, fazendo uma loucura, mas Ele viera para isso mesmo: cometer uma
´loucura´ pela salvação dos homens.
Na segunda parábola Jesus explica o porquê da disposição à loucura, o valor do homem: embora para os fariseus o publicano e o pecador valor nenhum tivessem, Jesus os via de modo diferente. E como a senhora que, perdendo uma dracma, cerca de R$ 0,30, desarruma tudo concedendo a moeda um valor que de fato não possuía, assim, também, para Jesus o ser humano mais pecador é tão valioso que vale a pena desarrumar tudo para achar um, como fez a mulher que perdeu a dracma.
Na segunda parábola Jesus explica o porquê da disposição à loucura, o valor do homem: embora para os fariseus o publicano e o pecador valor nenhum tivessem, Jesus os via de modo diferente. E como a senhora que, perdendo uma dracma, cerca de R$ 0,30, desarruma tudo concedendo a moeda um valor que de fato não possuía, assim, também, para Jesus o ser humano mais pecador é tão valioso que vale a pena desarrumar tudo para achar um, como fez a mulher que perdeu a dracma.
Na terceira parábola o Senhor,
num primeiro momento, concorda com os fariseus, os publicanos e os pecadores
são os filhos que, como o filho pródigo, por vontade própria, se apartaram do
Pai amoroso. Porém os fariseus, representados pelo irmão mais velho, não
conseguiram se sintonizar com o coração do Pai vez que, confiados em seus
pretensos méritos próprios acabaram por desenvolver um senso de justiça
própria, que os tornou incompassivos e judiciosos.
Por fim, por meio da parábola do
administrador infiel Jesus acusa os fariseus de estarem mal administrando
fortuna alheia, tanto a vida quanto o conhecimento lhes foi legado e este saber
deveria ter-lhes desenvolvido o senso da impossibilidade, ou seja, a
consciência de que, jamais, por si mesmos, conseguiriam viver segundo tão
elevado padrão e que, o melhor que poderiam fazer era, a partir do que sabiam,
diminuir a distância entre os pecadores e Deus pela compreensão, pelo amor,
pela bondade, pelo ensino, fazendo amigos a partir de riqueza alheia, pois
tanto a vida como a revelação pertencem a Deus. "Para que, quando aquelas
(a vida e a sabedoria) vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos
eternos." (Lc 16.9).
Ao recomendar aos mestres da lei que usassem a vida e o conhecimento para fazer amigos para a eternidade, o Senhor respondeu nossa pergunta: - Como viver de modo a alcançar coração sábio? E a resposta de Jesus é: - Vivendo para fazer amigos, pessoas de quem nos aproximamos para aproximá-las de Deus e, para dEle, por elas, sermos aproximados.
Ao recomendar aos mestres da lei que usassem a vida e o conhecimento para fazer amigos para a eternidade, o Senhor respondeu nossa pergunta: - Como viver de modo a alcançar coração sábio? E a resposta de Jesus é: - Vivendo para fazer amigos, pessoas de quem nos aproximamos para aproximá-las de Deus e, para dEle, por elas, sermos aproximados.
Por quê?
Porque como disse o psicólogo
suiço Hans Burky:- "O Reino de Deus é um reino de amigos". Porque
amigo é esteio nas horas difíceis: "Em todo tempo ama o amigo, e na
angústia se faz o irmão." (Pv 17.17). Porque amigo é fonte de amadurecimento:
"Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem, ao seu amigo." (Pv
27.17). Porque amigos são para sempre. Embora, na ressurreição, nem nos
casaremos, nem nos daremos em casamento; sendo, porém, como os anjos no céu (Mt
22.30), teremos amigos: aqueles amigos que nos receberão nos tabernáculos
eternos! (Lc 16.9).
Feliz Ano Novo!!!!
Pr. Eduardo Leandro Alves
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
SOBRE AUTENTICIDADE
Penso que não foi fácil a decisão
de Davi de recusar a armadura de Saul, justamente no dia em que ia lutar contra
Golias. Deve-se entender que nesse momento ainda não havia a disputa e inveja
que posteriormente corroeria Saul e o levaria a uma corrida doentia de “caça” a
Davi. Davi, ao que tudo indica, amava e servia o Rei. O Rei Saul era esplêndido
e poderoso, e, também ao que parece, admirava e amava a Davi e estava fazendo
tudo o que podia para auxilia-lo, inclusive emprestando a própria armadura. No
entanto, apesar de tudo isso, Davi retirou o capacete, dispensou a armadura e
despiu-se dela. Essa não deve ter sido uma decisão fácil. Se livrar de todos
aqueles recursos oferecidos.
Acontece que ter ido encontrar
Golias vestindo a armadura de Saul teria sido um desastre. E é aqui que se
encontra uma lição do Pr. Eugene Peterson: “Sempre acaba em desastre quando se
abre mão da autenticidade. Davi necessitava do que era autentico para ele”.
Fico impressionado ao imaginar
essa cena com o fato que Davi foi ousado o bastante para rejeitar a sugestão de
fazer a sua obra sem autenticidade (ao não querer usar a armadura de Saul); e
foi modesto e ousado o suficiente para usar somente o que adquirira habilidade
para usar nesses anos como pastor de ovelhas (sua funda e algumas pedras). E
ele matou o gigante.
Isso é um problema. Isso é um
dilema. Há pessoas que não conseguem ter autenticidade. Usam uma voz que não é
sua. Ao orar, imitam outros; ao pregar imitam outros; repetem frases de efeito
e vivem de “chavões”. Não possuem padrões éticos fortes o suficiente para tomar
decisões, com isso seus comportamentos são dúbios, ou como popularmente se diz:
“dançam conforme a música”. Pode dar certo por um tempo, mas isso não é suficiente
para derrotar Golias.
O outro lado dessa questão está
no fato de a nossa volta estarmos cercados de pessoas que se importam conosco.
De repente estão ali ajudando, reunindo um exército que nos auxiliará,
vestindo-nos com excelentes equipamentos de guerra que nos qualificará para a
tarefa. Pessoas que verdadeiramente estão preocupadas conosco e nós nos
sentimos tocados por suas preocupações, impressionados por suas experiências,
dons e talentos. Surge então o discernimento para saber o que é autêntico, quem
sou eu. Qual a minha vocação? Qual é a minha armadura? Isso se chama equilíbrio, discernimento.
Com todo esse equipamento, às vezes oferecido, percebe que mal consegue se mover. A autenticidade, e o equilíbrio às vezes nos fará dizer: "muito obrigado, vou ficar com a minha funda e as minhas
pedrinhas".
Para terminar: tornem-se cada vez mais fortes, vivendo unidos com o
Senhor e recebendo a força do seu grande poder. Vistam-se com toda a armadura
que Deus dá a vocês, para ficarem firmes contra as armadilhas do Diabo. Pois
nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais
do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes
que dominam completamente este mundo de escuridão. Por isso peguem agora a
armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças
do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até
o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar. (Ef 6.10-13)
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