sábado, 21 de fevereiro de 2009

FALANDO SOBRE A IGREJA


O que você pensa da igreja? Qual a relação que você tem com ela? Para você a igreja é este templo apenas, ou também é composta de relacionamentos? Estes relacionamentos... Como são? São significativos, superficiais...

Uma boa forma de pensarmos sobre essas questões é darmos uma olhada nas igrejas do Novo Testamento.

Pr. Ricardo Agreste escreveu que em uma reunião do Projeto Timóteo, alguns jovens pastores foram incentivados a falarem sobre as suas vidas e seus ministérios. Falaram apenas um pouco de si mesmo, e muito das igrejas e dos projetos em que estavam envolvidos. Pareciam pais entusiasmados com as proezas de seus filhos. Passaram exaltar os feitos de suas igrejas...

Depois de ouvir todas essas argumentações, o moderador, um pastor experiente com os seus cabelos já brancos (contrastando com os jovens pastores presentes), de cabeça baixa e fala mansa falou: “sabem, a cada dia que se passa mais me convenço de quão bíblica é a minha igreja local. Observando as pessoas que se reúnem domingo após domingo e conhecendo suas histórias de segunda a sábado, identifico inúmeros pontos em comum com igrejas locais descritas nas páginas do Novo Testamento. Em minha igreja, temos alguns imorais, vários idólatras, um punhado de adúlteros e te mesmo homossexuais. Caluniadores e trapaceiros então... já perdi a conta de quantos são”.
Essa compreensão é chocante!!!!

O APÓSTOLO PAULO E SEUS “SANTOS”

Passando o espanto inicial e analisando as cartas do Apóstolo Paulo destinadas às igrejas, percebemos que elas estão cheias de exortações e repreensões devido a problemas como divisões, fofocas, adultérios, incestos, litígios entre pessoas, atitudes e preconceito entre ricos e pobres, entre outras coisas.

Mais surpreendente é como Paulo inicia as suas cartas. Sem exceção Paulo chama de SANTOS. Mas como chamar de santas pessoas assim? Em seguida entendemos que Paulo os chama de Santos em Cristo Jesus!

A não compreensão deste ponto tem levado muitas pessoas a enxergarem a igreja de uma forma crítica e severa. Algumas pessoas colocam em dúvida a validade da igreja enquanto comunidade dos discípulos de Jesus, por causa da qualidade de vida de algumas das pessoas que dela fazem parte. O filósofo ateu Friedrich Nietzche escreveu: “eu creria na salvação se eles (os cristãos) se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas”.

Esta idéia tem feito muito mal às pessoas. Philip Yancey, em seu livro “maravilhosa graça”, escreveu: “rejeitei a igreja durante algum tempo porque encontrei bem pouco graça ali. Voltei porque não descobri graça em lugar nenhum”.

O grande problema é a falta de compreensão do material que Deus utilizou para formar a igreja. Se entendermos o porque Deus fez a igreja, compreenderemos melhor a vida da igreja. Ou seja, Deus não criou a igreja com o propósito que divulguem as suas próprias virtudes enquanto indivíduos, mas sim as virtudes de Deus em amá-los, perdoá-los e restaurá-los por meio da obra de Jesus Cristo na cruz. Com isso, a igreja se torna uma comunidade de agraciados, limitados e imperfeitos, mas a cada dia, trabalhados e lapidados por Deus por meio de seu imenso amor.

A IGREJA DE CORINTO

A própria cidade de Coríntios era bem complicada para uma igreja. Era uma metrópole caracterizada pelo comércio e, como uma cidade portuária, recebia pessoas de todos os lugares e sofria influências culturais variadas. A igreja trazia consigo influencias da cultura desta cidade, onde as ações comuns de uma cidade pagã se misturavam com os valores cristãos, dando origem a muitos problemas.

Paulo escreveu aos cristãos de Coríntio 6.9-10:
"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus".

UMA MÁ NOTÍCIA

Lendo estas palavras de Paulo, parece que ele está nos apresentando uma lista de pessoas que, devido a natureza dos seus erros, já estão pré-cozidas no inferno.

O problema pode ficar mais sério se entendermos que Paulo não tinha a intenção de criar uma relação exaustiva de erros que impediriam as pessoas de herdarem os céus. Em Apocalipse 21.8 há mais coisas “feias” listadas.

Ainda temos a criatividade humana que ao longo da história desenvolveu diferentes versões de perversão (chamados de programas de entretenimento para executivos estressados), de imoralidades (presente em programas de TVs do tipo Reality Show), de idolatria (como a adoração ao corpo, a imagem pessoal, ao dinheiro e aos bens materiais), de adultério 9como sexo virtual pela internet), de roubo (como desvio de verbas públicas, super faturamento de obras, propina, etc).

Assim, se a nossa primeira impressão deste trecho da carta de Paulo está certa, então termos duas conseqüência:

1. Na história, a igreja deverá ser uma comunidade limpa e pura, formada apenas por indivíduos e famílias nota dez. Gente corada, saudável, educada, bem resolvida e estruturada.

Ou:

2. Na história, a igreja se tornará em uma organização sem filiados e um espaço físico sem presença humana. Afinal, quem de nós poderia corresponder a tais expectativas?

UMA BOA NOTÍCIA

Paulo continua a escrever no versículo 11: “E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.”

Neste texto salta aos olhos a afirmação: É o que tem sido alguns de vocês. Paulo escrevendo a esta igreja faz referência a determinados erros que desqualificam pessoas para entrarem no reino de Deus, mas afirma que alguns daqueles que estão assentados nos bancos da igreja de Corinto são ex-perversos, ex-imorais, ex-idólatras, ex-homossexuais, ex-ladrões, ex-avarentos, ex-alcoólatras, ex-caluniadores e ex-trapaceiros. Você já imaginou estar sentado aos domingos no meio de uma turma com este currículo? Já pensou no seu filho crescendo entre eles? Já pensou em ter como um amigo que te visita regularmente em sua casa alguém deste time?

Bem, tenho três notícias que podem te chocar ainda mais:

1. A primeira é quando você está assentado em um banco da igreja você está sentado no meio de um monte de “ex” alguma coisa.

2. A segunda é que eu e você fazemos parte dos “ex” alguma coisa. Nós não gostamos de sermos confrontados com o nosso passado, mas cada um de nós, em sua própria fraqueza, carrega uma destas marcas de “ex”... O que nos qualifica para estarmos sentados em um banco de igreja, certamente não é o nosso currículo anterior. Quem pensa ao contrário não compreendeu ainda a essência do evangelho de Deus.

3. A terceira, e talvez a mais chocante e complicada, é que alguns daqueles que estão sentados culto após culto nos bancos das igrejas não são tão “ex” como deveriam ou parecem ser. Outros até são, mas vivem tendo recaídas. Eles ouvem, compreendem e acolhem o Evangelho de Deus, sendo tocados pelo seu amor. Contudo, variadas circunstâncias os levam a tropeçarem nos mesmos erros do passado, ou serem surpreendidos com novas tendências a erros do presente.

Nós temos muita dificuldade de reconhecer que a matéria prima utilizada por Deus para formar o que chamamos de igreja não consiste no que existe de melhor no mundo em termos de santidade, justiça, moralidade, entre outras virtudes. Ao estabelecer que o padrão de aceitação para pertencer a igreja seria a graça, Deus transforma a igreja numa comunidade de gente que traz profundas marcas em seu passado, grandes lutas no presente e a esperança de uma grande redenção de suas vidas e histórias no futuro. No entanto, esta esperança não faz delas gente acabada, mas ainda em obras.

Quem era o grupo de Jesus? Mateus um publicano. Pertencente a uma classe odiada pelos judeus, estavam totalmente envolvidos em esquemas de corrupção no poder público de seu tempo. Simão, o zelote, pertencia a um grupo de revolucionários armados, envolvidos em ataques terroristas em um esquema de rebelião nacionalista. E Pedro, o pescador? Homem simples, mas impetuoso, ora declarava amor por Jesus até a morte, ora negava conhece-lo até mesmo questionado numa roda de estranhos.

Esta é a matéria prima que Deus está usando, ao longo da história, para formar o seu povo e sua igreja. Gente limitada, imperfeita e falha. Por isso, ao lermos as histórias de suas vidas, o que nos salta aos olhos não é quão virtuosos eles eram. Mas quanto Deus foi gracioso para com eles. Da mesma forma será com nossas vidas. Ao contemplar as nossas histórias a partir da eternidade, seremos levados a louvar não nossas virtudes, mas o Deus gracioso que nos alcançou.

Na construção das afirmações no versículo 11, Paulo se utiliza de 3 verbos com 3 adjetivos diferentes: “mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.”
Somos lavados, santificados e justificados por um ato gracioso de Deus. É Deus que faz.

O Livro de Apocalipse no capítulo 7 descreve uma cena fantástica. Fala sobre uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que se encontram diante do trono de Deus. Todos vestem linho fino e branco. É aqui que João faz uma grande revelação! Aqueles que estão ali não compraram as suas vestes com as suas próprias vidas, nem as alvejaram com os seus próprios esforços. Elas foram compradas e alvejadas pelo sangue de Jesus derramado na Cruz!!!

No nosso passado pode até existir marcas de erros e deslizes ocorridos. Estas marcas nos relembram desde os nossos erros mais tolos até os mais grotescos. No entanto, quando nos aproximamos de Deus, crendo no que Ele fez por nós na Cruz, somos lavados completamente. Aos olhos de Deus não importa as lembranças que as pessoas ainda tenham do nosso passado, estamos limpos, completamente limpos!!

PARA PENSAR

Uma igreja local, nada mais é do que uma comunidade de pessoas ainda marcadas em suas lembranças pelos erros do passado, mas lavadas, santificadas e justificadas pelo sangue de Jesus no presente. Na medida em que constantemente estas pessoas são lembradas do amor de Deus por elas, passam a buscar o projeto de Deus para as suas vidas. No entanto elas ainda estão sujeitas aos deslizes, o que delas gente limitada e imperfeita.

Essa compreensão deve gerar em nós uma maior humildade na visão que temos de nós mesmos. Quando perdemos essa compreensão da realidade, passamos a esperar da igreja, e das pessoas que a formam, muito mais do que elas podem dar. No entanto, não atentamos para o fato de que isso revela que não apenas nossa expectativa acerca da igreja local está disfuncional, mas também a própria visão que temos de nós mesmos.

Na verdade, lá no fundo, estamos dizendo que somos bons demais para estarmos em uma igreja imperfeita. Passamos então a formular uma lista de decepções que tivemos para justificar nosso não envolvimento com uma comunidade cristã. Apenas esquecemos de ponderar na lista as contradições e os erros que marcam as nossos próprias vidas.
Larry Crabb afirma que só há duas coisas capazes de transformar o ser humano: a queda e a graça. A queda já fez a sua parte, fazendo com que homens e mulheres criados a imagem e semelhança de Deus tornassem pessoas egoístas e hedonistas em busca do seu próprio prazer e sua própria felicidade.

As leis podem conter esse egoísmo humano em níveis suportáveis socialmente. No entanto, as leis não conseguem transformar a disfunção gerada pelo pecado (queda) nos seres humanos. As leis podem até, com as suas punições, conter alguma coisa da maldade humana. Por isso que quando não há punição os níveis de crueldade alcançam patamares insuportáveis.

Porém, a graça de Deus oferecida na morte e ressurreição de Cristo Jesus, não gera uma simples barreiras para conter as disfunções dos seres humanos. A graça de Deus gera transformação de dentro para fora. Na medida em que uma pessoa compreende e acolhe a graça de Deus ela é gradativamente movida na direção da transformação de seus valores e do redimensionamento de sua estrutura de vida.

Devido a isso, acredito que uma igreja local comprometida com o evangelho de Jesus, não pode simplesmente viver na aplicação da lei. A igreja deve ser reconhecida como uma comunidade que conhece e vive intensamente a graça de Deus. Pessoas marcadas pelo passado devem experimentar em seu ambiente a oportunidade de serem lavadas, santificadas e justificadas por Deus.

Ao reconhecermos que a igreja é uma comunidade formada por pessoas falhas e que devem ser constantemente alvos da graça de Deus, não nos isenta da responsabilidade de zelarmos e encorajarmos uns aos outros e buscarmos a novidade de vida que nos é oferecida por Deus em todas as dimensões de nossa vida.

Nas epístolas paulinas encontramos, freqüentemente, orientações para que a igreja exista aconselhamento, encorajamento, repreensão mútua para nunca perdermos o foco do que Deus está fazendo em nós “novas todas as coisas”. Contudo, todas estas questões devem ser feitas com verdade e amor.

Fechar os olhos para as opções erradas que um irmão ou irmã da igreja está fazendo em sua vida não ;e um ato de graça, mas de descaso e irresponsabilidade. Como disse Philip Yancei, “Deus nos ama o bastante para nos aceitar como somos, mas nos ama demais para permitir que continuemos os mesmos”. Uma igreja comprometida com a obra de Deus na vida dos que a ela se achegam, deve também ser uma igreja que ama o bastante para acolher as pessoas da forma em que estão, mas que ama demais para permitir que continuem se machucando se ferindo ao longo da vida.

Isso é a Igreja de Deus. Desta igreja eu sou um entusiasta!!!!

Soli Cristhus!!!

Eduardo Leandro Alves

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

EU FUI GOSPEL!




Ainda me lembro do final dos anos 80 e início dos anos 90. Não sei se todos na minha idade, pouco mais de 30 anos, tem a mesma impressão que tenho hoje. A ditadura estava acabando, logo, a minha geração não sabe o significado na prática de termos como “AI5”, “golpe de 64”, “exilados políticos”, etc. Para mim são apenas assuntos históricos. Obviamente relevantes para o país, mas eu não vivi isso.

Vi pela televisão a constituinte de 1988. Vi, também pela televisão os grande comícios para as “Diretas Já”. Vi o Tancredo sendo escolhido, mas o Sarnei sendo empossado. Vivi o frenesi com a eleição e depois derrubada do Collor. Lembro-me bem do ano de 94, ano do Penta Campeonato de Futebol que o Brasil conquistou nos EUA. Nessa época cursava o final do antigo segundo grau no Colégio Estadual Nazira Salomão. Um dia ia sair um ônibus de estudantes para a cidade do Rio de Janeiro para participarem de uma passeata dos “caras pintadas”. Um colega me chamou para ir. Eu perguntei: "Porque você vai"? Ele disse: "Pô! Vai ser muito manero! Vamos lá agitar! A galera toda vai." Resolvi não ir. Hoje penso que foi melhor. Sem querer defender o Collor, PC Farias e companhia, nos últimos meses surgiram escândalos e roubalheiras bem piores... A diferença é que os que estão no poder hoje, antes estavam incitando as massas nas ruas...

Pois é, como vivia em uma cidade do interior, às vezes algumas coisas da vida eram uma espécie de "eco" do que ocorria nas grandes capitais. No meio evangélico era da mesma forma. Era a época do “movimento gospel”.

Comecei a tocar bateria um pouco tarde na idade, tinha uns 12 anos. Na minha casa não tem nenhum músico. Com exceção da minha irmã e da minha mãe, todos somos desafinados. Mas eu queria tocar. Em parte devido a influência de um primo que tocava vários tipos de instrumentos musicais e ainda tocava em uma banda evangélica o "Nova Geração" (parece nome de banda de pagode, mas era uma banda que fazia um estilo pop-rock). Comecei a tocar na igreja. Eu era horrível! Ainda me lembro do meu Pastor parando os hinos no meio e mandando-me parar... que vergonha!

O tempo passou e eu melhorei. Nunca fui o melhor. Embora houvesse uma disputa silenciosa entre os bateristas evangélicos da cidade, eu não passava vergonha nos “shows”.

Fui um dos primeiros da minha cidade a assistir a grande seventos gospel. Fui várias vezes a São Paulo para assistir aos S.O.S da Vida promovidos pela Renascer (Pacaembu, ginásio da Portuguesa, Sambódromo) e também em cultos na Avenida Lins de Vasconcelos, tudo em São Paulo. No Rio também fui ao Maracanã e Apoteose. Vi o Bride, Petra, Guardian, White Cross, Michael W. Smith, entre outros.

Em Angra dos Reis fizemos vários shows na rua, em clubes, praças... Foi uma época bastante agitada... Agora, imagina, eu era membro da Assembléia de Deus e estava envolvido na maioria dos “shows evangélicos” da cidade. Abri até uma loja, a “Gospel Music”, que vendia Disco de Vinil e artigos de divulgação do movimento gospel. Imagina só! Era muita doideira... Uma vez um irmão entrou na loja e eu fui oferecer para ele um disco do Resgate com o título: “Vida, Jesus e Rock`N´Roll”. Ele clamou o sangue e foi embora!

Pois é, o tempo passou, e com ela a adolescência. Tive muitos problemas na minha adolescência, especialmente na parte final. Muitos deles porque eu queria me encontrar. No fundo de tudo o que eu fazia, o maior desejo era agradar a Deus. Embora tenha certeza que na maioria das vezes isso não aconteceu. Mas tentei. Eu admirava aqueles cantores de bandas... Ainda me lembro quando a minha banda abriu um show para o Brother Simion (vocalista do Katsbarnéa), ele era o ícone da época gospel. Ainda dormiu na sala da minha casa! Puxa! Para um garoto, isso foi uma onda e tanto!

Na época fomos mal compreendidos pelos pastores. Como meninos, só estávamos tentando louvar a Deus de uma forma que conhecíamos. Esse era o discurso: "Vamos levar Jesus aos lugares onde a linguagem tradicional da igreja não consegue chegar".

Haviam muitas pessoas sinceras, bem intencionadas, mas também haviam os exploradores. Logo estávamos servindo de palanque eleitoral, bucha de canhão. O ideal de levar Jesus foi sendo substituído pela fama, pela disputa, pela ganância. Os shows foram ficando cada vez mais shows. A diferença com o mundo foi diminuindo cada vez mais. Ingressos eram cobrados, cachês pagos (cada vez mais caros), exigências cada vez mais parecidas com artistas do mundo... Em pouco tempo as apresentações começaram a ser conjuntas, ou seja, bandas não evangélicas começaram a se apresentar com bandas evangélicas... A coisa foi se complicando cada vez mais...

O tempo passou, amadurecemos, casei, tornei-me pastor pela bondade de Deus. A bateria ficou para trás. Mas o ideal de querer servir a Deus em verdade e sinceridade, só fez aumentar. Hoje não sou mais gospel. Na verdade, nem gosto mais do termo. A leitura que faço do movimento é que ele se perdeu no caminho. Hoje quero apenas ser servo do Senhor.

O que escrevi é apenas uma história, ecos da minha lembrança, tudo ficou no passado, mas deixou lições muito importantes, como por exemplo: Não podemos criticar o que não conhecemos e nem julgar uma pessoa por uma única situação; não podemos perder o foco de ter Deus em primeiro lugar; sempre buscarmos a moderação. Além de ter a certeza que um dia, o adolescente vira homem (adulto). E a história segue o seu rumo.